segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Metade
Letra e música: Oswaldo Montenegro
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca...
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante...
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor.
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos...
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada,
Porque metade de mim é o que eu penso
Mas a outra metade é um vulcão!
Que o medo da solidão se afaste,
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância.
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito...
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia...
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada!
Porque metade de mim é Amor
E a outra metade também..."
Haja O Que Houver - Madredeus
Composição: Pedro Ayres Magalhães
"Haja o que houver
Eu estou aqui.
Haja o que houver,
Espero por ti.
Volta no vento, ôh meu amor
Volta depressa por favor.
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti.
Cada momento é pior
Volta no vento por favor...
Eu sei quem éspra mim.
Haja, o que houver
Espero por ti..."
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Have You Ever Really Loved A Woman?
Have You Ever Really Loved A Woman?
Tradução: Você Realmente Já Amou Uma Mulher?
"Para realmente amar uma mulher,
Para entedê-la...
Você deve conhecê-la por dentro,
Ouvir cada pensamento...
Ver cada sonho,
E dar-lhe asas quando ela quiser voar.
E quando se vir abandonado nos braços dela,
Você saberá que realmente ama uma mulher.
Quando você ama uma mulher
diga a ela o quanto é desejada...
Quando você ama uma mulher
Diga a ela que ela é única!
Porque ela precisa de alguém
Pra dizer-lhe que vai durar pra sempre...
Então me diga você realmente,
De verdade,
Já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher
Deixe que ela te abrace
Até você saber como ela precisa ser tocada...
Você tem de respirá-la,
Tem de sentir seu gosto,
Até senti-la em seu sangue...
E quando vir seus futuros filhos nos olhos dela,
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Quando você ama uma mulher
Giga a ela o quanto é desejada.
Quando você ama uma mulher
Diga a ela que ela é única!
Porque ela precisa de alguém
Pra dizer-lhe que vai durar pra sempre.
Então me diga você realmente, de verdade,
Você já amou uma mulher?
Dê a ela confiança,
Abrace-a bem apertado,
Dê-lhe um pouco de ternura,
Trate-a direito...
E ela estará lá cuidando bem de você,
É preciso amar sua mulher.
Apenas diga-me de verdade,
Você realmente ,
já amou uma mulher??? "
(Bryan Adams).
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O Paraíso - Madredeus
Composição: Pedro Ayres Magalhães
"Subi a escada de papelão
Imaginada-Invocação
Não leva a nada
Não leva não...
É só uma escada de papelão.
Há outra entrada no Paraíso
Mais apertada...
Mas sim senhor
Foi inventada
Por um anão
E está guardada
Por um dragão...
Eu só conheço
Esse caminho
Do Paraíso..."
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O Sonho - Madredeus
Composição: Pedro Ayres Magalhães
"Quem contar
Um sonho que sonhou
Não conta tudo o que encontrou,
Contar um sonho é proibido.
Eu sonhei
Um sonho com Amor
E uma janela e uma flor
Uma fonte de água e o meu amigo.
E não havia mais nada...
Só nós, a Luz, e mais nada...
Ali morou o Amor
(Amor),
Amor que trago em segredo
Num sonho que não vou contar
E cada dia é mais sentido.
Amor,
Eu tenho Amor bem escondido
Num sonho que não sei contar
E guardarei sempre comigo..."
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Minha Pátria
Por uma porção de minutos-horas fiquei-me a pensar e a me levar por isso. Respirava Vicente. Era a única resposta para meu comportamento flutuante desde então. Depois que conheci tão enigmática presença impressa na realidade impalpável das coisas, nunca mais meus olhos e sentidos foram-me egoístas. Daí pra diante tudo era de outras cores e paladares, outros ouvidos e cheiros. Estava eu em um mundo distinto – um que ele conhecia melhor do que eu, há minha exata idade – e que por bondosa afeição, permitiu-se invadir. Invadir com consentimento, se sabemos o que isso significa em terras longínquas, terras estrangeiras. Do mesmo estrangeirismo que eu tenho desde que aqui nasci. “Encontramos nossos iguais”, uma voz dizia-nos a todo instante em silenciosa presença de espírito em mim e nele, Amor.
Pisava em chãos nunca antes imaginados por mim, e que agora estavam todos ali, bem a minha frente, como criaturas e perfumes etéreos, ou talvez eram apenas o toque de suas mãos, e pernas...? Deixava-me ir, (até ao Inferno ou Paraíso, caso assim o fosse). Deixava-me ir até o Fim-do-Mundo, se assim ele o desejasse. Era eu apenas divagações de um sonho maravilhoso e poético. Estávamos como ar que se respira um gigante ou um dragão alegre pelos ares, um Fogo de três labaredas, o Coração.
Outra Beleza. Instantânea Beleza que ao passo material enganoso dos olhos apenas ele e eu podíamos alcançar. Era um monte, ou um sorriso infantil, ou mesmo um piar de pássaro. Podia ser eu, ou ele, ou ambos em um ao mesmo tempo... deixava-me ir, porque éramos uma só imaginação fértil – Literatura e Vida.
Disso tudo, o que ainda me mantinha ancorada em terra eram seus olhos sem sono, que eram os mesmos que os meus quando me via em qualquer espelho. Seus olhos nasceram em meu rosto, e meu rosto era o dele agora. Outra beleza. Fina, etérea, indescritível, impensada e intocável. Éramos ambos, outra Beleza inalcançada e enroscada um no corpo do outro... uma alma dentro da outra, Árvore da Vida.
E as palavras, e seja qualquer outro artifício impossível de nos alcançar, apenas ele e eu sabíamos o que éramos juntos, pois Éramos Juntos – universo de livros e fadas. Um assombro de Vida em corações pequeninos e sem corpos de sangue, fora de nós num único pedaço de Vida Cintilante por aí. Outra Beleza... não desse mundo, do mundo dele, em que agora eu habitaria junto daquela respiração que tinha seu nome por Toda Eternidade. Ele era minha Pátria desde sempre, minha respiração e Fogo, Vicente.
Katiuscia DeSá
23 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Espelho
Folhas de inverno seco
Palavras,
Escritos,
Pedacinhos de vidas
Imaginações imaginadas
Cabeças pensam
Vidas vivas
Tua literatura,
A minha...
Espelho.
Pernas de ruas
Pares de beijos
Escritos e grafados
Penas em bico,
Pergaminhos secretos
Tua grafia
E a minha
Sulcos de vento
Neblinas da noite...
[Nossa noite]
Nossas pernas,
Amor
Memória-viva.
Vida grafada em minh’alma
Pernas nuas,
Amor de espelho
Eu
Toda tua...
Um mirante aportou.
Navego em ti,
Nome russo
Franz-fragatas
Amoroso.
Serenidade
Tornei-me tua tripulação,
Arcanjo de sonhos
Delicadeza de vida
Laços de penas no papel
Amor,
Amor,
Amor...
Tua literatura
E a minha
Espelho.
Katiuscia DeSá
19 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
VIDA
domingo, 8 de novembro de 2009
Heaven
(Para meu Amor, vFc)
Asfalto preto
Pés descalços
Peles nuas
Noite sem vento
Silêncio no mar...
Uma oração infantil escapara
Do Velho Mundo
Os Címbalos!
Ondas brotam no vazio
Alaúdes
Cem pessoas!
Sem pessoas...
Ambos afundaram em si
Silêncio,
Entrega,
Acordo,
Acordaram!
Flautas.
Vento
A Evolução,
A Revolução...
Estado de Graça!
Paz
Na vontade de encontrá-la
Paz
Os dois versos reunidos
Encontrados sem querer
Escritos ao acaso
E pronunciados por Ninguém
Alaúdes e Flautas,
Címbalos e Vento.
Duas Crianças Azuis.
Uma Branca,
Uma Verde...
Uma Flor rara e espinhenta abrira a boca
Num sorriso eterno de ternura.
Pela primeira vez na Vida
Dissera:
“eu te amo...”
Meu Azul-Anil curou-se hoje
Pela primeira vez gritei:
“eu te amo...”
Címbalos.
Pela primeira vez ouvi nossa voz:
“eu te amo...”
O Vento.
Crianças Azuis, somos quem somos?
Trago-te em meus braços, Menino-de-Asas
Que só tu sabes...
Enfrento o mundo,
Enfrento tudo!
Até eu...
Para protegê-lo!
Sim!
Pela primeira vez gritei silêncio:
“eu te amo...”
Um tempo em espera
O diálogo profundo!
(Não fui à feira... não sem ti! Todas as frutas e legumes não têm sabor, se não beberes e comeres comigo. Não. Não fui à feira... Passarei fome e sede como tu. Estarei em retiro espiritual junto contigo... Encerrei-me ontem a noite e mergulhei meus olhos em letras, até voltares e tomares a minha mão...)
Alaúdes e Flautas.
Três pessoas + três pessoas
= Duas em suspensão...
Pela primeira vez na Vida gritei:
“eu te amo...”
Címbalos,
Crianças Azuis
Era o som do Vento.
“eu te amo...”
Silêncio ecoando
No espaço vazio
Da tua órbita
Planeta Sol do meu peito!
Tua Paz,
Teu retiro...
Em mim.
Hoje consegui dizer-te:
“eu te amo...”
Nunca esquecerei.
Memória Eterna
Sinfonia de Três Gerações.
“eu te amo...”
Espelho,
Pássaro ao longo voando sobre.
Enfrenta o mundo.
Enfrenta tudo, até eu...
Porque consegui dizer-te:
“eu te amo...”
A teu lado,
Numa cadeira de vento
Fora de mim aos Sétimos Dias
Aonde quer que sejas,
“eu te amo...”
Cem Faces,
Sem Faces.
Visão sentida por dentro
Tu em mim
Silêncio e Vazio
Paz
Dentro e Fora
a Oração cotidiana:
“eu te amo...”
Címbalos e Vento
Alaúdes e Flautas
Ela era o Ar
Ele suas Asas a bater
Sempre juntos,
“eu te amo...”
Em: 07 de novembro de 2009.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Dreams
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
"Paisagem Interior"
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Volta...
Tua flor encarquilhada e gasta evapora-se pelo espaço-tempo
Das risadas outras
Apenas um gasto de fio puído
Murmúrio de tristezas
E tristezas
Não há mais olhos para as lágrimas
Nem lágrimas para teus olhos...
O sofrimento arrastou tudo
Meu ente inerte
Dor de cabeça,
Cadáver vivente...
Nas folhas de um rio “braçador”
E abrasador....
Minhas mãos pálidas e frias
Deitam o sangue que não me respira
Nada restou
Exceto
ESPERANÇAS...
Outra vez um Sol...
Katiuscia de Sá
03/ 11/ 09
Às 3:34PM
domingo, 1 de novembro de 2009
O Guerreiro Pacífico
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
MIHR Ã-WAY
E rígida como os talos de trigo curvados
E felizes à reação do vento.
Atingi minha infância de maneira tão trágica
Que ninguém consegue estar em mim,
Senão através do total exílio de si mesmo.
Sou casada comigo
- A Lua e o Sol num céu impenetrável!
Apenas sei que trafego em algum ponto...
E a única ponte entre o exterior e meu mundo,
É a minha respiração...
Katiuscia de Sá
28 de setembro de 2008.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
MAGNETISMO PESSOAL
sábado, 10 de outubro de 2009
Fiat Lux!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Brincar de Viver
“Quem é mestre na arte de viver faz pouca distinção entre seu trabalho e seu tempo vago, entre sua mente e seu corpo, entre sua formação e sua recreação, entre seu amor e sua religião. Tem dificuldade em diferenciar uma coisa da outra. Almeja, simplesmente, sua visão de excelência em tudo aquilo que faz, deixando que os outros decidam se está trabalhando ou brincando. Ele pensa que está sempre fazendo ambas as coisas”
.
- Pensamento zen-budista –
Do livro O PRINCÍPIO DA SABEDORIA.
MACÊDO, Gutemberg B. de, São Paulo. Ed. Saraiva, 2008.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O Despertar da Vida
Conhecer...
Martin Buber
___________________
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
A ARTE DE AMAR
*foto: albano soares
Phoenix
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Aos que vierem depois de nós
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes
.Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
[(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"
Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.
Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundoe, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos,
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.
Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentose indignei-me com eles.
Assim passou o tempoque me foi concedido na terra.
Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia.
Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.
Íamos, com efeito,
mudando mais freqüentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.
E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós com indulgência.
domingo, 20 de setembro de 2009
Os Cegos Do Castelo
E se você puder me olhar
*Foto: Katiuscia de Sá
sábado, 19 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Casamento
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
ETERNA LIRA...
(Raul Pompéia, em “O Ateneu”)
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM
Mas agora era vida nova! Bola pra frente e muitos clientes! A profissão que escolhera era-lhe bastante rentável. Havia noites que acumulava o montante de três meses de trabalho de carteira assinada de apenas um salário. Em outras, porém, mal davam para lucrar o valor das roupas que vestia.
Aparentemente Rosa se esquecera daquele incidente com seu ex-marido, sorria nervosamente; vestia-se para valorizar-se e comportava-se estonteante... mas por dentro se ressentia pela perda do filho que nem pôde nascer, e mais ainda pelas circunstancias como tudo aconteceu.
Seu temperamento tinha espinhos, como seu próprio nome sugeria, era teimosa e devido a alguns fatos da vida, tornou-se arrogante e estúpida por vezes. Fazia de tudo para manter erguida sua cabeça. Não hesitava caso tivesse de brigar para ter firme sua auto-estima. Seu instinto de auto-sobrevivência era demasiadamente forte!
Por tudo o que lhe acontecera, quase tão recentemente, Rosa às vezes se sentia como uma velha viúva-negra, sem mesmo ter dado cabo de seu consorte... sua alma cheirava à sangue coagulado, queimaduras expostas em seus ossos.
Todas essas lembranças latentes... um dia retornaram quando num quarto encontrou-se com um de seus clientes. A partir daquela noite, tudo poderia ter um fim...
Katiuscia de Sá
13 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Sementes...
.
Por *Paulo Urban
"Na mitologia hindu encontramos concepção cosmogônica semelhante. O tantrismo roga que entre cada um dos ciclos de vida e morte do universo há um período de repouso durante o qual Vishnu, o princípio conservador de Brahma, repousa sobre Ananta, a serpente da eternidade. Nesta condição atemporal, Shiva, o princípio desorganizador de Brahma, está imiscuído de modo indiferenciado em seu próprio poder, Shakti. Quando Shiva inicia sua dança, o universo é então criado, e Shakti, operando agora como Prakriti (energia primordial incapturável e imperceptível da qual todas as formas de vida evoluem) desenvolve todo o universo desde os tattva (mundos) mais sutis até os mais densos, até criar a mente, os sentidos e a matéria sensível sob suas cinco formas, éter, água, fogo, terra e ar. Quando Shakti penetra no último e mais grosseiro dos tattva, a "terra", ou seja, a matéria sólida, sua missão está acabada. Shakti aí adormece sob a forma de Shesha, a serpente que sustenta o mundo, até a próxima era da nova Criação. Shesha nada mais é que um correlato da serpente cósmica Ananta, o infinito, e sua função é a de suportar o orbe e tudo o que nele se manifeste. Shesha e Ananta compõem, respectivamente, o sono divino e o divino despertar de Brahma".
*Paulo Urban é médico psiquiatra, psicoterapeuta e acupunturista.
Fonte: http://www.amigodaalma.com.br/conteudo/artigos/simbolismo_serpente.htm.br/conteudo/artigos/simbolismo_serpente.htm
O Fim é o Começo...
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Amarelo
*Foto: Katiuscia de Sá
Quero acordar flor-desabrochada todas as manhãs, recolhida em teus braços perfumando teu corpo e regando teu arado com minhas pétalas a cair-lhe em solo, colorindo de vida o que d’antes ocre e pó-cinza eram.
Quero beijar-te nossas bocas-olivas e delas partilhar nossa saliva – água da vida, porção de líquido precioso, córregos da veia-terra, irrigando cidades e prados.
Quero dar-te o Luar e o Sol através do colo quente, coito flautado de passarinhos nascentes festejando as novas cores do céu bem florido.
E por tudo isso, dou-lhe minha Alma e Alegria em lágrimas silenciosas e escondidas para que ninguém, além de Ti, saiba compreender por toda eternidade, o que Juntos Somos...
Katiuscia de Sá
07 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
*CINTILANTE*
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
AMOR
Decorou o caminho de nuvens de Sol espalhadas pelo sótão e decorou-lhe as pestanas a sorrir...
O lençol ainda carinhando os corpos,
Doce Lembrança Presente...
Ambos sorriam lampejos pelo fato do orvalho querer subir aos céus e derramar-se em seguida, como Ouro do Nascente.
Os paralelepípedos aconchegavam estrelas cadentes, vinham-me elas, nas mãos...
Tão belas.
São tuas, agora, Amor.
Meus Olhos a iluminarem teus Dias.
Abriram-se pétalas nascidas do alvorecer:
Passarinhos cantores erguiam suas faces pálidas, diante da Casa,
Quando o Lilás dos lábios sentiram os Dele,
O Verbo falou, novamente:
“AMOR...”
E o Silêncio nos disse que, finalmente Somos
UM
Katiuscia de Sá
31 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
AMOR-APRENDIZ
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
TEMPO
Você precisa ter uma outra concepção de tempo.
(...)
O que significa ter tempo para os outros?
O velho tinha sempre tempo para tudo. Mas às vezes também é necessário tempo para si mesmo. E, em algum momento, o tempo de cada um também iria se encerrar...”
*Trecho do livro “Buda – o encontro do equilíbrio”, de Werner Schwanfelder. Ed. Vozes.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Para nos ler, Amor...
"Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer".
"Só podia encontrar a felicidade se conseguisse subverter o mundo para o fazer entrar no verdadeiro, no puro, no imutável".
"Não é necessário sair de casa. Permaneça em sua mesa e ouça. Não apenas ouça, mas espere. Não apenas espere, mas fique sozinho em silêncio. Então o mundo se apresentará desmascarado. Em êxtase, se dobrará sobre os seus pés".
(Franz Kafka )
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Rua dos Cataventos - I
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...
Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!
(Mário Quintana)