“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

sábado, 30 de abril de 2011

Giz

Adoro essa música!!!!



Mudança dos Ventos

Houve um dia. Um corpo. Mãos. Olhos. Pessoa.
Larga meu braço!
Não me toque!
Tropeçou. O atolo. Um tolo! Vontades. Verdades. Invenção. Assombro. Criancices. Medos.
Larga minha perna!
Não me toque!
Violência. Tapas. Cortes. Doença da alma. Doença do corpo. Insensível. Seco. Áspero. Bruto.
Larga minha mão!
Não me toque!
Coração fechado. Amor? O que é isso? Desespero. Solidão. Quebra-cabeça. Reconstrução. Espera. Paciência...
Tome, segure.
É meu coração que te entrego,
Agora.


Katiuscia de Sá
30 de abril de 2011
Salvador/BA

A Dança

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Ramo Roubado




"Pela noite entraremos para roubar
Um ramo florido.

Ainda não se foi o inverno,
E a macieira aparece
Convertida, de súbito,
Em cascata de estrelas perfumadas.

Pela noite entraremos
Até chegar ao firmamento trêmulo,
E tuas mãos pequenas como as minhas
Roubarão as estrelas.

E sigilosamente
À nossa casa,
Pela noite e na sombra,
Entrará com teus passos
O silencioso passo do perfume

E com pés entrelaçados
O corpo claro desta primavera".


E sigilosamente
À nossa casa,
Pela noite e na sombra,
Entrará com teus passos
O silencioso passo do perfume

E com pés entrelaçados
O corpo claro desta primavera"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Paz do Tempo


Inconstância.
A sorte.

Um dia a ave veio e pousou.
Abriu as asas e beijou-te.
Particípio acontecimento.
Amarrotou
Desejo de morte.

Andarilho das lacunas escuras
Veado a vagar
Nos prados
Coelho abatido...

Havia uma fêmea
Fêmea de canfora e algodão
Prateada de Luz
Mãos de canfora que transporta mortos
Ladainhas e velas!

Houve uma planta que veio
Um dia, brotou folha
Deu sombra,
E partiu...
Abandonou-se de ti.

Olharei bastante teu rosto
Memória dos Astros.

Sonhei tua voz
Escorreu pelos dedos
Chovia muito
Um sol magoado.

Foi bom contemplar o horizonte
Agora não mais.
Não há mais luz do dia.

Haverá outra vez?
A derradeira?
Uma terceira vez?
Ainda estarei?

Não sei como estarei.
Não sei como estarás.
Não sei se estaremos.

Ao meio-dia
Não pergunto
Recolho em segredo
Caminho mostrado pelo Tempo
Azul, como teus olhos...
Com língua de sotaque.

Já vi o mar,
Já posso morrer outra vez.
Fui dormindo...

O Adeus definitivo...
Encontrei a Paz do Tempo.



Katiuscia de Sá
27 de abril de 2011
Salvador/BA

terça-feira, 26 de abril de 2011

Toda criança é especial!


Para TODOS os educadores do mundo inteiro: assistam esse filme indiano, que fala sobre a Dislexia, uma deficiencia de aprendizado da leitura e escrita.

Me vi nesse menino "Ishan". Minha infancia na escola foi a pior experiencia possivel. Durante muitos anos eu sofria para ir a escola. Chorava, ficava isolada e deprimida, como a criança do filme. Em casa, meus pais não davam trégua... Até na época da faculdade, o ambiente academico me deprimia... então meu mundo interior e ludico era frequentemente meu refugio, onde as artes eram a porta para o que meus olhos e sentidos percebiam. E o meu caso era ainda pior, hoje diagnosticado: possuo ainda déficit de atenção e também hiperatividade. Mas hoje em dia, levo uma vida totalmente saudavel, criativa e produtiva. O que é melhor, reconheço minhas potencalidades e dificuldades, buscando sempre melhorar. Lembro-me até hoje de minha primeira professora, ainda no jardim da infancia, quando eu tinha apenas cinco anos de idade, professora Graça Barroso... tão paciente, atenciosa, carinhosa e criativa comigo na hora de me passar as lições. Lembro-me como ela me elogiava e ficava admirada com meus desenhos e criatividade. Sempre me incentivava. Acredito ser ela uma importantissima peça na meu histórico academico.

Acredito hoje, numa reforma curricular e tambem numa reforma didática nas escolas publicas e em escolas privadas (felizmente já acontece...), pois a Dislexia não é sinonimo de burrice, nem de incapacidade, ou de retardo... pelo contrario. Estudos mostram que portadores de Dislexia possuem intigencia acima da média, e talento especifico ou multiplos (no meu caso, por exemplo), basta apenas uma outra forma de ensino: mais dinamico e ludico que os prendam a atençao e os alcancem, pois temos uma outra forma de decodificar o mundo, apenas isso.

Sim! Toda criança é especial. Somos todos especiais e únicos!
Quem puder assista esse filme, e recomendem!



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Na Bahia...

descobri que sou regida pelo orixá Iemanjá, com passagens em Iansã. Então vejamos:



Iemanjá

Orixá dos mares, das águas salgadas. Responsável pelos bens materiais, grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior(mar), portanto grande absorvedora de energias negativas.
Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família, dos laços familiares.
Reino: mar.
Cores: azul claro, céu ou branco transparente.
Elemento: água.
Dia da semana de maior vibração: sexta-feira.
Planeta: Vênus
Características de seus filhos: dinheiro com facilidade (quando não tem, aparece), não aparentar a idade que tem, "espírito" maternal, gosta do poder.
Sincretismo: N. Senhora da Glória.




Iansã

Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, (mutações e mudanças) ligadas às coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal. Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos. Grande guerreira.
Não tem reino específico, atua nos fenômenos da natureza.
Cor: amarelo ouro e branco. Elemento: ar, água e fogo
Dia da semana: quarta-feira (horas pares até às 16:00h)
Planeta: Mercúrio
Características dos seus filhos: Mudança de pensamento (jogo de cintura), facilidade de falar, de se comunicar, de interagir. Pessoas geralmente bastante flexíveis (abertas) as novidades e mudanças.
Sincretismo: Santa Bárbara tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Re_trato

Gostaria de partilhar a delicadeza dessa foto, é de minha querida Lanita.

VideoArt - cinema

Vôo




Não quero esta herança...
Ainda estou digerindo o alimento desses dias.




Escolhi ervilhas.
Não gosto de beterrabas.
Engulo azeite
E rejeito salivas.





Não desejo ninguém fora a mim,
Carne de minha carne.




Invisíveis ditados
Escritos na porta da minha boca
Pairam sobre a fumaça
Desbotam os dias e urgem as horas.





Carrego sobre mim
O relógio das ações
Falo, mas não digo...
Olho, não quero ver





Impulso falso de vida uterina
Outrem
Os mesmos...
Os mesmos...




Ele existe?







Ele existe?





Existe?




Fogo
Do meu Fogo?







Foi seguindo.
Foi surgindo....




O primeiro impulso de uma borboleta
Ao encontro da Luz
É se debater contra a Luz...




Assim foi
Seguindo...
Debatendo-se
Debruçando-se
Debulhando-se.



Ao encontro da Luz.
Até queimar-se ao encosto dela!




Katiuscia de Sá
21 de abril de 2011
Salvador/BA

A Ostra e O Sonho...


É engraçado esse negócio de sonho. Por esses dias eu tive um pesadelo, rememorando minha pré-adolescência e inicio da fase adulta, quando eu tinha dois a três pesadelos TODAS as noites até atingir a idade exata de meus vinte e um anos... quando eu descobri que podia fazer algo.

Neste ressente pesadelo estavam dois amigos e eu, presos dentro de uma gruta fossificada, cheia de conchas e estrelas-do-mar. R, o amigo de meu amigo H, e eu, tínhamos poderes psíquicos que H não tinha no sonho. Então nós dois deveríamos evocar criaturas capazes de enxergar além de onde estávamos para encontrar algo que H havia perdido para então, podermos sair dali.

Acontece que R disse que podia controlar uma criatura com quatro olhos, o que ele fez... porém, a criatura não pôde localizar o procurávamos. Então eu tomei a frente, revelando que sabia controlar um ser com oito olhos, e assim o fiz. Entretanto, R ficou com receio de que eu perdesse o domínio e com isso me fez desconcentrar da criatura. E ela realmente iria nos fazer bastante mal, caso se libertasse de mim.

Desse modo tive que apelar rapidamente. Numa fração de segundos a criatura libertou-se e lançou sua influencia maligna sobre nós três. A única escapatória era eu acordar do pesadelo. E assim o fiz. Ainda em estado de sonho eu gritava com toda força que eu ainda tinha “me acorda... me acorda... me acorda!”. Eu repetia isso deitada, dormindo. Quando minha colega L foi até mim e me sacudiu “Katiuscia, acorda...”. Então contei a L meu pesadelo. Eram exatamente 23:58h.

Ao longo do dia fiquei com uma baita dor de cabeça e uma gritante estafa por todo o corpo, devido à força mental que fiz para ligar minha vontade ao estado de sono ao estado de atenção acordada. Que loucura isso! Recordo-me que essa compreensão de que estou dormindo e sonhando (quando estou sonhando) aconteceu quando eu tinha vinte e um anos, quando tive a nítida noção de que o pesadelo era um sonho que eu podia sair, estando ciente disso.

Ainda me assusta! Como eu dormindo sei que estou dormindo e controlo a vontade de querer ou não sair do sonho? Sinto-me um pouco como aquele filme “A Origem”... a parte ruim é o desgaste físico e mental que me acompanham por dois a três dias. Fico exausta. Há alguns anos atrás fui hipnotizada e também o doutor não obteve muito controle sobre mim. Ele induzia minha mente apenas quando eu consentia, e ainda sai da hipnose por conta própria, quando tive vontade. O doutor ficou bastante surpreso comigo, sua aluna mais aplicada.

Mas o fato é que odeio pesadelos! E graças a Deus que eu não bebo e não consumo drogas (nem tenho vontade), pra atingir outras esferas... Prefiro tudo sob controle.


Katiuscia de Sá
21 de abril de 2011
Salvador/BA


"Lab Degas no Mort" - poesia visual

Fuiaco - Um Fuinho na Paiede

*Katiuscia de Sá
Fotos: Anderson Zeg






Eles se juntaram pela vontade e necessidade de profissionalizarem-se visando um lugar ao sol no mercado artístico. Tendo em vista a aproximação por afinidade e sintonia de trabalho, a Cia. ObCena de Artes surgiu há um ano, sendo seus integrantes das mais variadas vertentes. Cada componente tem múltiplos talentos, o que vem a somar com as criações coletivas. O grupo escolheu trabalhar sob o regime colaborativo, contribuindo desse modo, para o amadurecimento e maior sintonia das pessoas envolvidas no processo inventivo.

Os integrantes executam trabalhos entrelaçando diversas linguagens: dança, performance, teatro, técnicas circenses, música, etc. O alicerce no processo colaborativo, permite a troca como cerne das investigações. Tendo essa postura, todos esperam o retorno do investimento a longo prazo.

No espetáculo infantil “Fuiaco – Um Fuinho na Paiede”, os artistas-criadores multiplicam-se em cena, apresentando imagens em movimento, embalados ao som experimental do músico João Weber.

Todo espetáculo é apoiado na experimentação. Os traços físicos surgiram de trabalhos em conjunto de encontros em pequenos laboratórios. Os artistas-criadores atingiram corporalmente, imagens estáticas e em movimento, que instigam o imaginário infantil. “Não queremos contar nenhuma historinha ou algo parecido. Não há um roteiro. Queremos brincar com a percepção do público infantil”, endossa Thúlio Guzman, bailarino que começou seus estudos em dança na Bolívia ainda criança, e atualmente finaliza sua Licenciatura em Dança pela UFBA.

Diante disso, perceberam que a utilização da luz negra alargaria a idéia da corporeidade proposta, assim o figurino foi todo montado obedecendo a essa especificidade. Dandara Baldez, atriz, bailarina e também figurinista, foi quem orientou os demais integrantes da Cia. ObCena a fim de traduzir para o figurino as imagens surgidas do trabalho de corpo. Thiago Enoque sugeriu a base preta para compor as roupas. “Explorei materiais de fácil acesso, e conseguimos um efeito legal”, conta Dandara, que se utilizou da técnica de camadas e sobreposições para dar corpo aos figurinos.

“Fuiaco – Um Fuinho na Paiede” continua em cartaz todos os sábados de Abril, sempre às 17:00h no Teatro Gamboa Nova (Salvador/BA), com ingressos a R$10,00 (com meia entrada). Fugindo a mesmice, a Cia. ObCena mostra um espetáculo diferente a cada apresentação, pois “Fuiaco” é um Work in progress.



21 de abril de 2011
Salvador/BA.
___________________________
*Katiuscia de Sá é Jornalista, Atriz, Cineasta e Crítica de Arte.



My Heart







"Alegria
Como um raio de vida
Alegria
Como um louco a gritar
Alegria
De um delituoso grito
De uma triste pena, serena
Como uma raiva de amar
Alegria
Como uma explosão de júbilo

Alegria
Eu vi uma faísca da vida brilhando
Alegria
Eu ouço um jovem menestrel cantando
Alegria
O grito bonito
Um rugir de sofrimento e de felicidade
Tão extremo...
Um amor furioso dentro de mim,
Alegria
Um feliz e mágico sentimento.

Alegria
Como um raio de vida
Alegria
Como um palhaço que grita
Alegria
De um delituoso grito
De uma triste pena, serena
Como uma fúria de amar
Alegria
Como um assalto de felicidade
De um delituoso grito
De uma triste pena, serena
Como uma fúria de amar
Alegria
Como um assalto de felicidade

Alegria
Como a luz da vida
Alegria
Como um palhaço que grita
Alegria
De um estupendo grito
De uma tristeza louca,
Serena
Como uma raiva de amar
Alegria
Como um assalto de felicidade

De um estupendo grito
De uma tristeza louca
Serena
Como uma raiva de amar
Alegria
Como um assalto de felicidade

Tão extremo
Um amor furioso em mim
Alegria
Um feliz e mágico sentimento..."


VideoArte - parte 02

quarta-feira, 20 de abril de 2011

VideoArte - parte 01

Corpo Santo






Escolhi!
Nesse momento esvazio meu coração.
Não haverá mais vermelho,
Nem cor alguma.
Tornou-se um copo vazio,
À espera
Da Água Sagrada...

(agora sei Árvore, da sede que tanto me dizia...)

Prostrei-me com meu rosto no chão
Abri meu antigo coração
Casca após casca e sobreviveu um outro,
Transparente.

Não tenho nada,
Não falo nada,
Não reajo em nada.
Todas as vontades suprimidas
E com os membros doloridos
Aprendi o mais importante!
Amadureceu meu Corpo Santo.

Katiuscia de Sá
20 de abril de 2011
Salvador/BA



*Psicodelicus*












sexta-feira, 15 de abril de 2011

MakingOff - parte final

Dionísio






*Para meu Amor


.

Coração dança. Queima. Arde Fogo,

A alma quebra de tanta emoção, um rasgo no céu pintado

Para treinarmos nossa fala: A peça. Nossa vida. Voz do coração. Bem do fundo da alma

Amor!

Queima e faz chorar

Que doa emoção que não é minha,

Nem tua...

Emprestada para outros de nós...

O Plexo vibra...

Solar se abre,

Garganta se entrega

Nas tuas mãos...

Para sempre Voa

Canta,

Tua Colombina e moça,

Entra em ti

Baila em mim

Meu Pierrot mascarado

Viva

Em todos os atores do mundo inteiro

No palco de mentira

Como canção sem música

Emoção Profunda e maior.

Meu Amor

Me conduz pelas tuas mãos,

Palco do meu interior...

Confiança!

Um mergulho às cegas.

Dionísio me chama...


.

.

.

Katiuscia de Sá

15 de abril de 2011

Salvador/BA




terça-feira, 12 de abril de 2011

Adoro!!!!








((SIM))


(Para meu Amor)



A ti,

Todos os caminhos cobertos de ouro e prata

Corpo celeste.

Ornados de uruá.

Beijo-te dia e noite

Ajuntando-lhe nossos orvalhos

Hálitos das manhãs em que estivemos um no outro

.

Às noites

Entrego-me à estrela da Manhã

Em nosso leito,

Corpo móvel nos desertos

- Nosso Oasis,

Prelúdio de Amor...

Nuvem cadente-solar

.

A ti,

Nossos olhos penetram nos ares

De beleza singela e absoluta

Contemplamos juntos a palavra

Que te segredo:

“Meu Amor é você...”

.

Tu,

Ó lindo lírio do vale sublime

Castanhola,

Cantor de meus dias e noites

Eu,

Tua amada entregue aos céus...

Meu corpo e alma minha

Pedaço de mim,

Espírito Santo,

Amor de Verdade!

Meu amado Amor...

.

.

Katiuscia de Sá

12 de abril de 2011

Salvador/BA

domingo, 10 de abril de 2011

Bastidores: "Quinto Quarto à Direita"

Fotos no camarim do Teatro Gamboa Nova - Salvador/BA
Espetáculo "Quinto Quarto À Direita"
Dia: 07/ abril/ 2011























Baía de Todos Os Santos: visão do camarim
do Teatro Gamboa Nova



Baía de Todos Os Santos: visão
do camarim do Teatro Gamboa Nova