Desde
pequenina a vida me ensinou a resolver meus problemas sozinha, o desamparo
constante (material e afetivo) sempre me convidava a encontrar garra e forças
para soluções objetivando superar as barreiras. Cresci desse modo e diante de
qualquer obstáculo procedo da mesma forma como a vida e meus avós me educaram:
se vire, corra atrás das coisas que você deseja, não espere que nada caia do
céu, não espere que alguém irá se compadecer e lhe ajudar (mas se acontecer,
aceite e agradeça a Deus), então não é por arrogância ou por me achar melhor do
que os outros que às vezes não peço ‘ajuda’. Fui treinada a ser sempre positiva
e não esmorecer frente às desgraças, treinada a construir portas para
atravessar e chegar no alvo projetado; por isso sigo em frente, sempre em
frente, buscando resolver os imprevistos à minha maneira, ir ao máximo das
possibilidades que minha pessoa pode alcançar em termos de superação para
ultrapassar os percalços da vida. Cresci com uma baita autoestima e autoconfiança,
mas o preço foi altíssimo. Pena que algumas pessoas ainda me chamem e me achem ‘arrogante’, à primeira vista, sem saber minha história de vida. É fácil julgar os outros
quando não se conhece a fundo. Depois que a vida me moldou como uma mulher
espartana, as Artes projetam agora docemente, em meu caráter, a figura da gueixa:
delicada e suave, mas que guarda dentro de si um Dragão sempre em estado de
alerta. Viver pode ser uma caminhada, uma corrida, um engatinhar, um voo rasante...; o ritmo
depende das circunstancias. Mas eu escolhi viver... viver, sempre viver tudo o
que vier, com a intensidade que for: viver! Agradeço a Deus pela minha força
interior! E a todos no mundo eu desejo o mesmo: Carpe Diem!
Katiuscia de Sá
Em: 27/04/2013