A minha decisão já foi tomada há uns dois meses atrás: prefiro a presença de quem me traz paz ao coração; quem me deixa sentir segura emocionalmente; decidi por quem não compete comigo e sim me incentiva a todo momento; decidi dialogar com o homem que sabe conversar comigo de igual para igual sobriamente, educadamente, claramente e sem receios sobre os sentimentos (sutis que nem os meus); decidi estar em equilíbrio e manter-me nesse estado interior; decidi dedicar-me ao universo dele e meu que são entrelaçados; decidi pelo homem que me ensinou a diminuir a velocidade interna e com isso dilatar mais ainda meus sentidos e ver e ouvir com tremenda nitidez e beleza os fatos cotidianos; decidi pela dança com os pés nos chão e pelo amor que nos eleva às alturas. Sinto-me tão serena, tão em paz, tão viva e vazia para abrigar-me do novo que vem e vai continuamente, uma respiração que trás o amor e leva esperança, que traz equilíbrio e agrega confiança. Agradeço muito por tudo de bom que aconteceu comigo em 2012, principalmente de ter enxergado coisas que antes (pela minha própria velocidade) não percebia como deveria; enxerguei alguém que me faz sentir nas nuvens, entretanto, sem me perder nas tempestades... decidi ser feliz, enfim. E aprender que amor e felicidade são ferramentas para gerenciar um estado de ânimo: minha paz que a transmito aonde quer que eu passe, como uma brisasinha que ameniza o calor diário das confusões; decidi de todo meu coração deixar-me guiar através dessa velocidade que essa pessoa especial ensinou-me; desse modo não chegarei nunca atrasada na vida, chegarei sempre no momento certo onde devo chegar; porque compreendo agora que o AMOR não tem pressa; ele não adia os encontros, ele trás para perto tudo o que necessitamos. E é por isso que compreendo essa decisão de ser feliz, pois as escolhas são conscientes e repletas de amor, paz, respeito e compreensão. Decido que meu coração vibre dentro e fora de mim, e nos envolva aonde quer que estejamos. Hoje o meu sorriso está mais ainda indecifrável, um sorriso tão suave que mal aparece atado ao rosto... mas um sorriso com o corpo todo que emana Luz. E tudo isso acontece porque aprendi a caminhar mais lento, e nessa lentidão aquática dos mares, vejo tudo dilatado nas formas, abrindo mais espaço para agilidade mental acontecer profundamente e absorver as decisões certas para minha vida. Nunca esqueço a primeira vez que vi esse jovem homem, e hoje eu sinto e sei, que foi naquele momento em que nossos olhares se cruzaram... foi ali que ele me fez ser sua para sempre, e teve a paciência de aguardar o momento certo para que eu também compreendesse. Gosto dele porque ele me ensina as coisas, porque ele me faz compreender o que ainda não sei. Esse é o amor que me surpreende: o que alavanca o progresso, o que conversa sem rodeios e com franqueza... nem todas as palavras do mundo poderão dizer-lhe o quanto sou-lhe grata; nem todas as palavras do mundo poderão dizer-lhe o quanto te amo demasiadamente... um sentimento desprendido, e despretensioso, uma liberdade literária presente no mundo verdadeiro das formas. A Arte fugiu às regras, porque o Amor é um circulo perfeito.
Katiuscia de Sá
18 de dezembro de 2012
07:58 a.m.
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