“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

AMOR

Ela voltou para enxugar a chuva dos olhos Dele.
Decorou o caminho de nuvens de Sol espalhadas pelo sótão e decorou-lhe as pestanas a sorrir...

O lençol ainda carinhando os corpos,
Doce Lembrança Presente...

Ambos sorriam lampejos pelo fato do orvalho querer subir aos céus e derramar-se em seguida, como Ouro do Nascente.

Os paralelepípedos aconchegavam estrelas cadentes, vinham-me elas, nas mãos...
Tão belas.
São tuas, agora, Amor.
Meus Olhos a iluminarem teus Dias.

Abriram-se pétalas nascidas do alvorecer:
Passarinhos cantores erguiam suas faces pálidas, diante da Casa,
Quando o Lilás dos lábios sentiram os Dele,
O Verbo falou, novamente:
“AMOR...”

E o Silêncio nos disse que, finalmente Somos

UM




Katiuscia de Sá
31 de agosto de 2009

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