“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Operário das Letras



Eu não tenho uma história... tenho várias. Em todas elas sou apenas um espectro. Um escritor não vive... é prisioneiro de seu próprio Tempo, um Tempo liberto de qualquer perspectiva. Está solto... está ‘entre’, é um Lugar onde só um escritor pode habitar... e por isso é pessoa solitária pela Terra. Está fadado a sofrer de angústias que necessitam escrever-se. Toques do invisível sensível sentimento de sensação. Não tem cura ou outro caminho, senão ceder... conceder-se essa pena da escrita de vozes que não têm expressão, a não ser pela mente imaginativa e vidente que só o escritor possui. Se foi prêmio, se foi sina... não sei dizer. Apenas cabe ao operário das letras fazer o que lhe foi confiado: escrever...

[Katiuscia de Sá – 25/12/2013, 20:31h]



quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Música de Deus



“De onde vem essa revolucionária associação entre a matemática e o divino? Uma das primeiras descobertas dos pitagóricos, em geral atribuída ao próprio Pitágoras, foi a relação entre intervalos musicais e proporções numéricas simples. Os intervalos básicos da música grega podem ser expressos como razões entre os números inteiros 1, 2, 3 e 4. O tom de uma lira (ou, para nós, de um violão), quando ferimos uma corda apertando-a na metade de seu comprimento, é uma oitava mais alto do que o tom da corda soando livremente; se ferimos a corda apertando-a a 2/3 do seu comprimento, o tom é uma quinta mais alto; a 3/4, uma quarta mais alto. Com isso, os pitagóricos mostraram que era possível construir toda a escala musical com base em razões simples entre números inteiros; números, e razões simples entre eles, explicavam por que certos sons eram agradáveis aos ouvidos, enquanto outros eram desagradáveis.13 A matemática passa a ser associada à estética, os números, à beleza. Essa descoberta tem uma enorme importância histórica: pela primeira vez a matemática é usada para descrever uma experiência sensorial, ou seja, como veículo de estudo da mente humana. Em inúmeros rituais do passado e do presente, a música sempre foi utilizada para induzir estados de transe capazes de abrir as portas da percepção espiritual. Para os pitagóricos, a explicação para esse poder mágico da música estava nos números. A sensação de harmonia não se devia simplesmente a sons agradáveis aos ouvidos, e sim a números dançando de acordo com relações matemáticas. Os números também eram representados por formas geométricas. Por exemplo, o número 4 era um quadrado (imagine os quatro vértices de um quadrado), enquanto o número 6 era associado a um triângulo (imagine os três vértices de um triângulo e adicione um ponto no meio da linha que une os três vértices). A adição de números quadrados produz números quadrados ou retangulares, como em 4 + 4 = 8, e a série de números quadrados é obtida adicionando números ímpares sucessivamente, 1 + 3 = 4 + 5 = 9 + 7=16 + 9 = 25, e assim por diante. Essas relações entre números e formas geométricas levaram à descoberta do famoso teorema de Pitagoras: a soma dos quadrados dos catetos de um triângulo retângulo é igual ao quadrado da hipotenusa. Curiosamente, parece que Pitagoras não foi o responsável pela invenção desse teorema. Para os pitagóricos o número 10 era considerado mágico. Eles o chamavam de tetraktys (nome derivado do número 4), já que podia ser obtido ao somarmos os quatro primeiros números, 1 + 2 + 3 + 4=10. Note que esses são precisamente os números envolvidos nas escalas musicais, o que, para os pitagóricos, não era nenhuma coincidência; apenas o número sacro é capaz de descrever a verdadeira natureza da harmonia. E aqui os pitagóricos dão um passo gigantesco em direção ao desenvolvimento das ideias que podemos chamar de precursoras da ciência moderna: eles estenderam sua noção abstrata da harmonia dos fenômenos que ocorrem na escala humana aos fenômenos na. Escala celeste. Segundo os pitagóricos, o Sol e os planetas, com sua beleza majestosa, devem satisfazer às mesmas leis harmônicas que induzem a comunhão dos humanos com o divino através da música. Eles acreditavam que as distâncias entre os planetas devem obedecer às mesmas razões entre números inteiros satisfeitas pelas notas da escala musical. Ao girar em torno da Terra em suas órbitas, o Sol e os planetas gerariam uma melodia cósmica, o sistema solar se transformando em um gigantesco instrumento que ressonaria a música divina, a harmonia das esferas celestes. Aparentemente, apenas o Mestre era capaz de ouvir a música celeste. Isso, no entanto, não representava um problema para os pitagóricos, que respondiam orgulhosos que “o que acontece com os homens é o que acontece com o ferreiro, tão acostumado com o constante bater de seu martelo que nem é mais capaz de ouvi-lo”. Como nascemos ouvindo a música das esferas, somos incapazes de ouvi-la. Sejamos ou não surdos para as harmonias celestes, o que é crucial aqui é que os pitagóricos iniciaram uma nova tradição no pensamento ocidental, a busca de relações matemáticas que descrevem fenômenos naturais. Essa busca representa a essência das ciências físicas”. 

['A Dança do Universo: dos mitos da Criação ao Big Bang' – Marcelo Gleiser, pg. 55 – 57]



MINHA ORAÇÃO DE NATAL

*Para M: Feliz Natal meu amorzinho... Feliz Natal, minha vida.




A minha oração de Natal
Vai para meu amor
Que está longe de mim.
Peço a Jesus-Menino
Para levá-lo esses versinhos
E que Meia-Noite
Passe no céu
Uma estrela cadente,
Riscando no escuro
Das estrelas, o meu pedido:
Que minhas lágrimas de saudade
Transformem-se em folia
No momento quando nossos olhares
Cruzarem a nossa estrela-guia!
A minha oração de Natal
Vai para meu amor
Que está longe de mim.
Peço a Jesus-Menino
Para abençoar-nos
Com uma musica de harpa
Uma melodia infinitamente bela,
Unindo de vez nossos corações
Feito luzinhas brilhantes
Em cima de todas as árvores de Natal.
E cada cor piscando
Se transforme nos beijos
Que cobrirei meu amado
Quando ele chegar.
A minha oração de Natal
Vai para meu amor
Que está aqui...
Bem dentro de mim
Na lembrança de seu rosto
Branco de sorriso brando...
A minha oração de Natal
Vai para meu amor
Que levou meu coração
Para não chorar também
Tão distante de mim...


[Katiuscia de Sá – 24/12/2013, às 21:09h]





domingo, 15 de dezembro de 2013

UM SOL DESGOVERNADO



Quem foi tolo o suficiente para deixar-se carregar pelo vento?
Foi aquele, que por tortura do Tempo,
Ergueu os olhos para o Além
E de seu corpo fez transporte de poesias:
Escreveu em sua própria pele
Estava nela toda sua existência.
Passados mil anos e não mais que isso...
Decidiu ler todas as paginas.
Arrancou pele sobre pele, para ler o final da estória
Queria ele conhecer o segredo da vida.
Quando na última página chegou,
Estava mais do que nu,
Brilhava feito um sol desgovernado
Resplandecente e selvagem como no inicio do dia
Escondida, lá uma pergunta havia:
Quem foi tolo o suficiente para deixar-se carregar pelo vento?
Aquele página rasgada deixava escapar umas letras
– Feridas abertas que não cicatrizavam
E delas saiam suas raízes a se alastrarem pelo mundo
E estas, felizes, subiam em direção aos céus.
Não sabiam ser pessoas, lembranças, ou desejos
Sabiam sim, ser o que eram.
Queriam elas conhecer o segredo da vida.
Então de seu corpo fez transporte para as coisas:
E numa bela noite solitária
Encontrou outra estória entrelaçada
Escrita sobre a pele de alguém,
Alguém que também sabia quem era,
Que tinha suas páginas rasgadas
Pois escrevera em sua própria pele
Passados mil anos e não mais que isso,
Fez de seu corpo transporte de poesias.
Queria conhecer o segredo da vida.
E quando na última página chegou,
Estava mais do que nua,
Brilhava feito um sol desgovernado
Resplandecente e selvagem como no inicio do dia.


Katiuscia de Sá
12 de Dezembro de 2013, às 10:59h.




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Eternidade

*Para M.




A casa está vazia.
A janela da frente passou a madrugada inteira aberta.
Todos os móveis da sala estavam frios e solitários
A ventania da madrugada invadiu,
Correu pelos corredores,
Acariciou as cortinas atadas nos mastros.
As flores de plásticos sentiram o orvalho a se formar.
Uma artificialidade sugerida.
Ainda escuro, atravessava cômodo adentro,
O vento.
Um canto de passarinhos.
Era a manhã chegando...
Porque a noite invadiu aquela casa
Que havia esquecido a janela da frente aberta
Mas não havia ninguém,
E a liberdade se instalou.
Seguramente se instalou.
E pela manhã, ergui meus ouvidos,
Um sussurro me disse:
“sinto saudades”
E pediu-me desculpas pelo coração imaturo de menino
Naquele corpo já cansado.
Em resposta, eu nem disse:
“agora também sabes como me sinto”
E fui dormir com a janela de frente da casa aberta
E aquele frio da noite corroeu tudo.
Os móveis imóveis
Deitados na sala.
As cortinas balançando felizes pela noite aberta.
E o corredor secreto.
Mas o sol amanheceu (como sempre faz)
E uma prece se ergueu diante de nós (amor)
“é a reza do Tempo quem nos faz seguir”
Não dormi... nunca dormi.
Com os ouvidos e olhos atentos,
(sempre)
Vigio todas as Horas dos dias.
É por isso que a Poesia me abraça,
E me faz companhia.
Tu...
Tu, ó amado...
Vagueia por onde meu coração não chega.
Não sinto nada,
Nada mais.
Aquele vento da madrugada
Conservou minha ingenuidade
A criança brinca,
Esquece os tormentos,
Carrega a esperança nos braços.
Porque toda noite termina
E o sol sempre nasce por dentro.
Não espero o Tempo passar,
O Tempo é imaginário...
Está sempre...
É
Foi...
Sempre será.
Há vários amores,
Uns já foram,
Outros virão...
Como os raios do sol
Passageiros e despercebidos,
Apenas para me mostrar o caminho,
Não sei.
Mas só um tem seu nome...
Que é o nome que me abriga
(amor)

Na eternidade.


Katiuscia de Sá
27/11/2013, às 06:10h.



sábado, 23 de novembro de 2013

REDENÇÃO

Passou um anjo na sua vida.
Você não o quis ver...
Negligenciou...
Cortou-lhe as asas
Humilhou-o;
Cuspiu-lhe o rosto,
Pisou em suas mãos...
Negou-lhe água.
E quando esse anjo
Subiu os olhos a Deus,
Ainda pediu por você...

Então, ele se foi.

Após a presunção
O algoz do anjo,
Percebeu que aquela figura
Que ele espezinhava,
Era o Amor que sempre esperou.

Agora relegado à solidão,
Compreende porque,
Aquele anjo nunca o revidou...
Porque só sabia amar.

E mesmo diante da arrogância,
Continuava amando...
Quando o anjo não pôde mais suportar,
Deus disse:
- Venha meu anjo.
Você provou que é digno de olhar minha face.

E o anjo subiu aos céus.
Olhou a face de Deus,
E viu que aquele quem lhe espezinhava,
Era o Altíssimo oferecendo
Sua ultima provação.

O Esplendor brilha.
E o anjo agora vive
Sob a Graça do Senhor...


Katiuscia de Sá
23/11/2013, às 12:29h.



domingo, 10 de novembro de 2013

A PALAVRA

“A palavra dita é como uma flecha, uma vez lançada não tem mais volta”, já diziam os antigos sábios. Para muitas correntes filosóficas hinduístas, a palavra é fonte de energia, assim como toda ação que o ser humano executa, pois há o conhecimento de que somos energia e tudo o que fazemos (pensamentos, ações físicas, fala) estão repletos de intenção, e essas intenções promovem a manipulação da energia vital contida em cada uma delas. Portanto, para um iogue, mesmo a palavra proferida deve ter um proposito. Há meditações em que requer do iniciado não apenas o silencio da mente (coisa difícil de ser alcançada, porém com anos de praticas meditativas, é possível atingi-lo), como também o silencio do corpo, e isso implica também na educação do que se diz e como se diz. Disciplinar as emoções também entra no processo.

O som da palavra (e/ou de algum instrumento musical ou qualquer coisa que emita sonoridade qualquer) pode ser assimilado como um mantra, e os mantras têm efeito sobre o sistema nervoso e energético do ser humano (influenciando até mesmo animais que se submetem a sons agradáveis). Portanto, um iogue praticante de meditação, compreende que a palavra proferida só deve ser dita se esta vier impulsionada por uma intenção verdadeira, ou seja, se ela realmente tem uma finalidade (um propósito) ao ser proferida. Se não houver VERDADE no que se está dizendo, é recomendável abraçar o silencio ao invés de desperdiçar energia desnecessária como palavras que obedeceriam ao ego, e não ao real proposito.

Por exemplo, em situações de reuniões sociais, muito se vê aqueles joguinhos de interesses provenientes do discurso do “é de bom tom...”, onde as pessoas são forçadas a entrarem numa espécie de ‘teatrinho’ dizendo coisas agradáveis apenas para satisfazer o momento. Isso dispersa energia desnecessariamente, além de o falante estar apartado do real objetivo que a palavra se propõe: estabelecer com o mundo um elo entre seu Ser Real e sua vontade verdadeira de dizer algo. E consequências disso é a obscuridade, a mentira, o desequilíbrio em maior ou menor escala no campo energético da pessoa.

Um exemplo clássico:
Um casal que está interessado um no outro, no inicio ambos mascaram-se em ações e palavras que omitem a verdade, objetivando apenas em cativar um ao outro e convence-lo de que quem está ali na sua frente é alguém interessante. A maioria esmagadora das pessoas age assim apenas governada pelo ego e interesse de ‘vencer’ ao outro, no ato da ‘conquista’. Desse modo um encontro entre almas torna-se um combate. E um encontro entre almas que, a priori, deveria ser algo mágico, torna-se uma enorme mentira. Quando mais adiante, o casal transforma-se em cônjuges, o cotidiano mostra quem realmente cada um é... aí emerge aquela famosa frase de ambos para ambos, após decepcionarem-se: “mas querido(a) você não era assim quando namorávamos...”. As pessoas eram sim, apenas mascaravam-se, sobretudo, utilizando um discurso governado pelo ego. Por isso o uso errôneo da palavra gera desentendimentos, quando governadas pelo interesse e não pela verdade, pelo amor. Infelizmente o mundo ocidental age dessa forma e nem se dá conta ou oferece às pessoas ferramentas para auto resgatarem suas reais essências.  

Para os ocidentais a palavra é banalizada  todo momento; muitas vezes as pessoas falam sem pensar no que dizem, e com isso geram frequentemente desentendimentos; mentem; afastam-se dos seus reais sentimentos, e por consequência se desequilibram (corpo/mente/espírito). Com o tempo um iogue compreende e aprende a utilizar o dom da palavra apenas obedecendo a REAL intenção que elas detêm; ou seja, ao falar o sujeito imprime na sua fala (em cada palavra) sua própria energia vital, então cada palavra que ele diz se transforma em mantra. Ganha o espaço e retorna para si como energia renovada. Então o sujeito aprende a falar apenas a verdade genuína que vem de seu coração. Como se fosse impelido a se relacionar com as pessoas pelo elo da palavra proferida levando em consideração a sua vontade de se relacionar. Se não tem nada verdadeiro em dizer, o sujeito se cala.

O poder da palavra falada pode acalmar; edificar; destruir; desestimular; alegrar; incentivar, etc... somente se sua profundidade estiver repleta de alma. Normalmente um iogue diz apenas o necessário e/ou o que realmente sente. Evita-se utilizar o dom da palavra com desejos escusos (para manipular e/ou gerar conflitos). Assim como os exercícios de meditação ajudam ao individuo desenvolver o autocontrole, assim acontece ao ato da fala e a tudo que o iogue pretenda executar.

Há dias em que eu tiro para ficar em silencio (normalmente são os sábados ou os domingos). Não pronuncio sequer uma palavra. Entro em meditação constante e profunda. E com isso procuro zerar os conflitos em minha mente, convidando meu corpo físico a também concentrar-se nas tarefas cotidianas que estão sendo executadas. Com esse tipo de meditação, o iogue concentra sua energia vital visando o equilíbrio. Torna-se calmo, manso, terno. Assim também compreende que o silencio é contemplativo e acolhedor. Acalma. Pondera os pensamentos.

É uma disciplina muito rígida, porém os exercícios meditativos servem para equilibrar a mente/corpo/espirito, e com isso harmonizam as energias vitais do ser humano que se dispõe a esse caminho; além de  convidar o individuo dizer apenas a verdade, ou seja, o que seu coração realmente quer dizer; com isso evita-se o desvio do dom da palavra como a maledicência; a manipulação das pessoas; a mentira. Um exemplo bastante profundo sobre a utilização do dom da palavra de modo errôneo na história das civilizações é a pessoa de Hitler, que infelizmente utilizava a oralidade com fins de manipulação, dominação e destruição, por conta dos desequilíbrios morais e desumanos que o mesmo imprimia (energia) nas palavras no ato de pronuncia-las em seus discursos, que infelizmente magnetizavam as massas.

Hoje é sabido que Hitler tinha profundo conhecimento sobre a cultura e práticas hinduístas, e de muitas outras civilizações antigas; um exemplo dessa assertiva é o uso da cruz suástica (ou cruz gamada) – um símbolo da cultura hindu – que era usada pelo Nazismo na sua forma icônica invertida. O mesmo símbolo é encontrado no Budismo, também na Grécia Antiga, nas civilizações Hopi, Asteca e Celta, além de vestígios em povos nórdicos antigos e algumas civilizações das Américas. Para muitas dessas civilizações antigas, a cruz gamada é originalmente um amuleto especial utilizado em cerimonias religiosas, mas pelo mau exemplo do Nazismo esse símbolo antigo praticamente foi banido da humanidade e gera repulsa pelo peso do horror histórico da II Guerra Mundial. O real significado da cruz gamada, segundo muitos teólogos, é a excelência da evolução cósmica.

As pessoas de um modo geral, deveriam se dedicar também à manutenção do bem estar mental. Claro que diante de inúmeras desigualdades sociais e econômicas, e por conta do próprio processo capitalista, há o afastamento (e negação) do Ser e de sua essência, por desconhecimento e desinteresse das massas em se ater à manutenção do espirito de forma mais sofisticada. Os seres humanos ainda flutuam em estados brutalizados devido à fome, à violência, à miséria e desigualdades socioeconômicas. Porém, há de emergir o amanhecer de um céu onde o sol brilhe para todos, um período em que a humanidade não precise apenas em se preocupar em sobreviver, e sim viver dignamente e de posse dos reais valores da ética e da moral, sobrepondo o amor ao capricho do ego.

Katiuscia de Sá
10 de novembro de 2013, às 14:55h





quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Cotidiano

(para M.)






Fui logo pra casa.
A noite estava fria...
Lua crescente.
Vi sua penumbra sair da sala...
O brilho da tela,
Uma camisa clara.
Reconheço sua imagem mesmo no escuro,
Minha doce silhueta.
Mas você não me viu chegar.
Senti sua pequena tristeza...
Por um momento desconfiou que eu estivesse lá.
E estava.
Senti quando você foi embora.
“O filme era longo,
Eu precisava estudar...”
Haveria outras sessões.
Não fiquei triste porque você não pôde ver meu vestido.
Enfeitei-me justamente para você hoje...
Mas estava cansada.
Essa semana chegarei sempre atrasada ao Cinema...
Não que eu quisesse...
A vida segue,
E eu sigo junto.
Mas você está nela...
Você é minha vida.
Os anjos moram nas Bibliotecas.
Finalmente alcancei sua paciência e sapiência.
Você me ensinou isto.
Meus passos seguem serenamente.
Os carros passam...
O frio.
A noite está fria hoje, não quis me alongar.
Fui direto pra casa,
Cabeça cheia de palavras,
Coração pensando (como sempre).
Um poema se erguia diante de mim.
Fragmentos tranquilos.
Kowalski estava lento,
E eu com pressa...
Queria logo escrever.
A rua estava muito fria.
Eu sentia...
Você esteve comigo o dia inteiro,
Aqui no meu coração.
Por isso fiquei calma todas as Horas.
Porque eu sou morada do meu amado...
E ele sabe disso,
Os anjos moram nas Bibliotecas.


Katiuscia de Sá
06/11/2013, às 21:13h.



sábado, 2 de novembro de 2013

HATHA YOGA - o yoga da integração entre corpo e mente


_/\_ "O Deus que há em mim, saúda o Deus que há em você" (NAMASTÊ)
eu pratico Hatha Yoga há quase 9 anos, essa prática diária transformou meu Ser e minha vida. Abriu-me novos campos perceptivos, ajudou-me a equilibrar minhas emoções e energias. Existem alguns direcionamentos do Yoga, entenda melhor o que é essa prática milenar e suas ramificações. Escolha qual você se adéqua:

*Yoga, hatha yoga e raja yoga: diferenças dessas práticas e seus benefícios.
[por Emilce Shrividya Starling]

"O que é yoga?

Yoga é um sistema filosófico originário da Índia há mais de 4.000 anos. É uma tradição espiritual que por muitos anos foi ensinada oralmente aos discípulos por mestres realizados.

No século II a.C. o Yoga foi codificado por Patanjali, um grande Mestre. 

Nos seus Yoga Sutras, Patanjali define Yoga no aforismo dois, dizendo: ”Yoga é a cessação dos movimentos da mente”. É aquietar as ondas mentais.

A palavra yoga significa unidade, união do corpo, mente e espírito. 

É o voltar-se para dentro e descobrir em si mesmo um espaço de tranqüilidade, apoio e força interior. 

È alcançar conexão com o Ser interior, fonte de sabedoria e luz, que reside dentro de nós.

Por que praticar yoga?

Porque funciona e pode transformar sua vida para melhor.

Essa prática ajuda a superar medos, condicionamentos e limitações que nos impediam de ser mais realizados e felizes.

O yoga nos ensina a desligar e relaxar em um mundo onde existe tanta pressa e inquietude. Traz entusiasmo e serenidade, saúde física, mental, social, emocional e espiritual

O segredo da prática do yoga encontra-se na palavra: equilíbrio. Buscamos encontrar o dourado caminho do meio, uma moderação equilibrada.

O coração do yoga é concentração e relaxamento ao mesmo tempo.

Yoga é religião?

O yoga NÃO é uma religião. É uma filosofia e uma ciência. É a arte ser feliz, conquistando, saúde, bem-estar, coragem e alegria de viver.

O yoga nos ajuda a alcançar as quatro metas da vida: dharma (a retidão), kama (prazer), artha (a riqueza material e espiritual), moskha (a liberação).

O que é hatha yoga?

Hatha yoga é uma prática psicofísica que cuida do corpo e da mente por meio de várias técnicas.

O que se faz em uma aula de yoga?

Durante as aulas de hatha yoga, pratica-se:

• posturas corporais (asanas), que produzem alongamento muscular, flexibilidade, firmeza, equilíbrio. Liberam o fluxo energético do corpo. Massageiam órgãos e glândulas, melhorando o funcionamento dos sistemas nervoso, endócrino, respiratório e digestivo.

• exercícios respiratórios (pranayama), que melhoram a troca gasosa, liberando toxinas e melhorando a oxigenação do sangue. Hamonizam nossas correntes de energias vitais, harmonizando os estados emocionais.

• pratyahara (abstração dos sentidos). Por meio de um relaxamento neuromuscular, recupera nosso corpo e traz um descanso para a mente. 

• yoga-nidra, um relaxamento profundo, entre os estados de sono e consciência . Equilibra as emoções, estabiliza e aquieta a mente, reduz o estresse, alivia e cura sintomas de pânico e depressão. É uma profunda terapia que nos leva ao estado alfha da mente, estado muito tranqüilo. Neste nível podemos fazer uma reprogramação mental, mudando os padrões mentais negativos com frases afirmativas como: “Eu sou saudável. Eu sou confiante. Eu sou forte.”

A atenção focalizada no movimento físico e na respiração, ajuda a aquietar a mente e, praticando dessa maneira, a hatha yoga é verdadeiramente uma meditação em ação.

Quais os benefícios da hatha yoga?

Embora a hatha yoga seja física por natureza, seus benefícios são tanto físicos quanto emocionais. 

Elimina e previne hipertensão, estresse, insônia, doenças psicossomáticas, trazendo estabilidade emocional e auto-estima. 

Aprendemos a estar mais presentes, vivenciando o aqui e o agora, o momento presente.

Traz saúde geral e rejuvenescimento, vitalidade, pacificando a mente e as emoções, despertando o amor dentro de nós e a felicidade interior.

Qual é a meta do yoga?

A meta de todos os ramos do yoga, incluindo a hatha yoga, é nos levar para um estado de união com a nossa própria natureza essencial – o Ser interior.

Práticas como meditação, relaxamento, contemplação nos conduzem a este estado, tornando a mente quieta, permitindo que o Ser interior seja revelado.

Não obstante tudo o que você possa ter na vida – dinheiro, posses, status, etc... – se o corpo não estiver saudável e se a mente estiver inquieta, como você pode aproveitar alguma coisa disso? 

Conseqüentemente, é de importância primordial que você mantenha o seu corpo saudável e forte e conquiste a serenidade da mente.

Pratique hatha yoga e experimente como depois de alguns minutos de prática, a mente e o corpo são trazidos para o equilíbrio e você se sente mais jovem, energizado, cheio de entusiasmo, apaziguado e relaxado.

Raja yoga

É importante também praticar a raja yoga, yoga real do autodomínio que nos ensina a dominar a mente negativa, conquistando a paz de espírito, uma mente amável, silenciosa, com controle dos sentidos e autoconfiança.

Um dos ensinamentos básicos da raja yoga, é a vigilância sobre os pensamentos, cortando na raiz qualquer pensamento negativo, substituindo-o por um pensamento oposto, positivo e confiante.

Com a prática constante você desenvolve essa vigilância e percebe que tem escolhas. Pode pensar mais positivamente e desfrutar de mais serenidade.

Descubra também que você é capaz de mudar seus pensamentos e cultivar pensamentos e hábitos bons. Tenha a experiência de que um pensamento negativo gera sofrimento, inquietação e ansiedade, enquanto que um pensamento positivo traz bem-estar e tranqüilidade.

Torne-se seu verdadeiro amigo, aprendendo a apaziguar a mente, que é o alicerce de uma vida feliz e da paz interior. Transforme-se para melhor. O Deus em mim saúda Deus em você! Fique em paz!"



ENTENDENDO O HATHA YOGA [por Nicole Witek]

"O hatha yoga, por incrível que pareça é o yoga da mente, que tem como assunto de trabalho o corpo.


O hatha yoga é um yoga de integração total. Cada célula possui um psiquismo, é um individuo completo que reflete e reproduz o organismo como um todo. Tudo que se manifesta no homem, se encontra em cada célula. O que não existe dentro da célula, não existe no homem... Nem no universo.

Se nós observarmos uma célula com o microscópio, vamos ver que ela se nutre do mundo externo, transforma os alimentos, respira e excreta como o ser humano.

A célula não é um robô: ela vive, tem uma percepção consciente de seu meio ambiente, tem uma memória, sente emoções e pode ser feliz ou infeliz, otimista ou deprimida. Ela é totalmente devotada ao conjunto da comunidade celular na qual ela se integra e que se chama: nosso corpo, por inteiro. Talvez ela não possua intelecto individual, mas é completamente instintiva e intuitiva.

Elas se agrupam e se especializam. Cada tecido, cada órgão é uma comunidade em si. De integração em integração, o ser humano total se constrói.

Não se trata de uma simples superposição material das células, mas também de uma integração psíquica em níveis sucessivos. Em cada comunidade celular se constrói, além do psiquismo individual de cada célula, um psiquismo de grupo. Esse psiquismo de grupo é o "espírito" do órgão.

Assim sendo, através de níveis de integração sucessivos, o psiquismo humano se torna integral, a partir do psiquismo de todas as células. Porém cada nível fica intacto, mesmo que ele esteja contido no todo do corpo.

Em caso de transplante de órgão, principalmente o do coração, o cirurgião introduz no paciente mais do que um órgão. Ele transplanta um novo psiquismo, com todas as características psíquicas e afetivas do doador, muitas vezes incompatíveis com as do receptor.

O hatha yoga é uma prática de integração cósmica. O que você acha de usar sua mente e concentrar sua atenção para o funcionamento maravilhoso de seu corpo. Não é sensacional?

Cada postura de yoga - asana - se torna um "evento" interior, uma experiência totalmente vivida, durante a qual a consciência chamada "cerebral" pára de direcionar sua atividade para o mundo externo e se volta para o "mundo interno", no universo orgânico. A consciência "desce" até organismo.Nosso corpo é impregnado de psiquismo: a prática das posturas permite esse contato com os níveis psíquicos orgânicos mais profundos.

Durante as posturas, não é para dar ordens ao corpo, mas para prestar atenção: "ouvir" o que o corpo fala.

Isso necessariamente acontece na imobilidade total do corpo, e na consciência da respiração. A vida celular comunitária se expressa e se cria dentro do ritmo. Quando se silencia a atividade consciente, através de um eletro-encefalograma, podemos observar a existência de ondas especiais, muito diferentes das ondas observadas durante a atividade normal. 

Estas ondas especiais refletem o ritmo fundamental de cada ser humano, mas ao mesmo tempo de cada célula.

Imobilizar o corpo dentro da postura - asana - prestando atenção ao universo interior, deixando a respiração se organizar e equilibrando inspiração e expiração, permite a volta ao ritmo fundamental.

A linguagem das emoções é a linguagem instintiva e é essa principalmente dos psiquismos celulares. Durante as posturas, a mente tem como obrigação lançar, pulverizar emoções de otimismo, saúde, paz e alegria.

Podemos deixar nossas células entrar em pânico com pensamentos negativos, carregados de ansiedade. O desânimo e a angustia não se limitam a ficar dentro do cérebro! Suas ondas nocivas vão perturbar o psiquismo de cada célula, e assim, desorganizar a saúde e levando à doença.

A emoção que se espalha mais facilmente, que atravessa todos os níveis psíquicos, que penetra mais profundamente no psiquismo de cada célula, é o amor. Da mesma forma que a emoção mais destrutiva é o ódio.

>Cada asana deve tornar-se um diálogo interior entre o psiquismo consciente de vigília e os psiquismos menores de cada célula. Como se fosse um diálogo entre o comandante e cada soldado.

Cada asana, para desabrochar totalmente, tem que ser acompanhada da concentração focada sobre a respiração.

A penetração consciente da mente no corpo todo durante a asana cria um clima psíquico dinâmico, que manda ondas de paz, força e alegria através de todas as camadas de nossa individualidade, tanto física como psíquica.

Essas regras se aplicam a todas as práticas de yoga: os asanas como os pranayamas (exercícios de controle da respiração). A prática do hatha yoga com a mente concentrada, tranqüila, regulando o ritmo da respiração permite que cada célula se harmonize umas com as outras. Todos os psiquismos celulares se juntam para formar um dínamo psíquico.

Quando todas as células vibram em harmonia, o praticante se torna um yogi, um emissor psíquico que influencia tudo ao seu redor, espalhando paz, harmonia, alegria e saúde. Para obter essa harmonia total é necessário eliminar o ódio, o medo e as emoções negativas.

Não é simples, mas não é para renunciar frente às dificuldades! Nem que esse estado seja atingido somente durante alguns segundos, rapidinho, isso para nossas células já é uma experiência fantástica."



domingo, 29 de setembro de 2013

Os Arranhões Cicatrizam


Segunda-feira ultima sofri um acidente na rua... na hora não dei muita importância ao ocorrido, mesmo porque este tinha sido um dia pra lá de escrot*... e eu já estava doida pra chegar em casa. Mesmo com uma baita dor e jorrando sangue perna abaixo, segui caminhando pra casa, como se nada tivesse acontecido. As pessoas na rua me olhavam na cara com uma expressão “coitadinha... o que será que aconteceu?”, e eu nem aí, com uns óculos escuros atachados no rosto intensificando mais ainda minha expressão cotidiana enigmática e naturalmente blaseé, segui andando como se estivesse caminhando num desfile de moda... totalmente indiferente. Eu só pensava nas coisas que eu precisava solucionar no decorrer da semana. Em casa lavei os ferimentos, passei uma pomadinha e tomei um anti-inflamatório e ficou por isso mesmo. Passados uns momentos iniciei minha meditação diária com dor e tudo.

Em geral desde pequena nunca dei muita importância aos meus machucados, que foram muitos (inclusive uma vez quase morri por consequência de um deles, aos 13 anos de idade, neste episódio cheguei quase a entrar em estado de choque pela perda de sangue devido o corte, felizmente chegamos há tempo no hospital –  e eu já escapei de morrer seis vezes até agora na minha vida em outras circunstancias...); uma criança arteira habitua-se a ferimentos de pequena e média proporção como se fossem medalhas de guerra... Sempre pensava: “vai sarar... questão de tempo”, e não ficava me lamentando. Mas o que tá pegando são as pitadas de dores de vez em quando, e o incomodo de não poder praticar meu Hatha Yoga diário na integra, pois algumas asanas eu não posso executar devido aos machucados de segunda-feira.

O legal na prática de meditação é o iogue não ignorar a dor física (que porventura estiver sentindo no momento e/ou outro incomodo qualquer, ou ainda pensamentos indisciplinados) e sim absorver essas variantes do espirito durante o exercício, e através de sua concentração, respiração correta, controle emocional e corporal ultrapassar essas variantes (no sentido da dor ou pensamento/emoção indisciplinado qualquer) não dispersar a mente impedindo o individuo de realizar suas tarefas.

O iogue supera estes fatores vivenciando-os de modo intenso e totalmente consciente (ele os encara, não foge deles). Algo como se o individuo penetrasse na dor (neste caso) e a sentisse de uma vez até o quase esgotamento ou total dela, então a mente absorve aquilo como um estado passageiro e por isso mesmo a esquece (a dor), e no ‘esquecimento’ o corpo não lhe dá muita importância. Esta variante deixa de ser um obstáculo para seguir com as tarefas corriqueiras. Em geral eu (sempre) estou numa sintonia meditativa para permanecer em equilíbrio. Numa sociedade agitada e cheia de estímulos que nos convidam a todo o momento perder as estribeiras... o controle emocional é muito importante. Sinto-me confortada, pois graças a muito esforço e uma prática de Hatha Yoga diário há quase oito anos, eu consegui atingir essa disciplina. É como diz aquele idílico ditado oriental muito meiguinho, muito fofo...: sejamos como os bambus que se curvam aos vendavais, entretanto, não se partem no decorrer das ventanias. E uma coisa eu aprendi curto e grosso: o equilíbrio é dinâmico, ou seja, adapte-se às circunstancias... ou foda-se, neguinho!

É impressionante. Há iogues que conseguem mesmo superar o estado de fome, dores físicas intensas apenas pelo poder da mente. Mas são anos de prática... não me atrevo a chegar neste estágio (se chegar, será apenas consequência natural), medito apenas para manter minha mente disciplinada e meu corpo físico saudável e em harmonia (na medida do possível), com meu espirito. Compartilho da ideia dos gregos clássicos que buscam manter mente e corpo sãos. Desde que conheci e comecei a praticar Hatha Yoga, foi um verdadeiro milagre na minha vida. Os benefícios são fantásticos. Outro divisor de águas também foi o conhecimento, compreensão e aplicação da Educação Somática no meu cotidiano. Um novo horizonte se abre todo momento mediante novos estados conscientes. Realmente acho que eu nasci no hemisfério errado do planeta... meu pensamento, buscas, agir, posturas morais, etc, são irmãos das filosofias orientais e não do pensamento ocidental. Talvez por isso na infância e mocidade eu tivesse muitos conflitos com meu entorno, até me equilibrar. É fácil encontrar o caminho do meio, basta seguir um ditadinho tão simples: “Conhece-te a ti mesmo”.


Katiuscia de Sá
29 de setembro de 2013, 05:01h.
*ouvindo o fantástico balanço de “Wanna Be Startin Somethin” (Michael Jackson)



domingo, 22 de setembro de 2013

É por isto que estamos aqui...

O(a) Namorado(a) de cada Signo do Zoodíaco

O ministério da Astrologia adverte: o texto a seguir não tem objetivo técnico e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Na dúvida, procure um Astrólogo!

Áries - Como o ariano é impulsivo, é bem provável que ele tenha te conhecido, se apaixonado loucamente e te pedido em namoro num período de apenas duas horas. Ariano é assim, direto, objetivo e intenso. Para namorar um ariano, você precisa entender que ele gosta de desafio e conquistas constantes e, se você se jogar aos pés dele melosamente, o fogo acaba na hora. O lance “bate que eu gosto” é a cara dele – não porque é submisso, mas porque tem tesão no conflito. Se você quer uma paixão de tirar o fôlego, procure um ariano. Se quer uma “rapidinha”, procure-os também! Todo mundo sabe que ariano é apressadinho…






Touro Namorado “cama, mesa e banho”, o taurino é hedonista: gosta de massagem, lençol macio e comida boa. Se você namora um taurino, é provável que já tenha ganhado uns quilinhos desde que o conheceu, afinal, ele é defensor da filosofia da preguiça. Para que ir à padaria andando se você pode ir de carro, com ar condicionado ligado e musiquinha, não é mesmo? Ele te leva aos melhores restaurantes, aprecia as coisas belas e como é mestre na arte de explorar as sensações do corpo, o sexo pode ser bem interessante – mesmo que depois ele vire para lado e durma. Se até agora tudo pareceu perfeito, não se esqueça de um detalhe: taurino é mulinha empacada e nunca vai tomar iniciativas sem que você tenha que empurrar a bundinha dele.



Gêmeos –  Para ele, demonstrar amor é trocar ideia. Quando um geminiano fala sobre aquela série que adora, sobre política, sobre a vizinha que pegou o marido com uma amante e sobre a teoria da relatividade, na verdade está dizendo: amorzinho, eu te amo e por isso compartilho meus pensamentos.  Aliás, a questão de compartilhar os pensamentos é tão importante para o geminiano, que na hora do sexo ele encarna o Galvão Bueno e narra cada ato detalhadamente sem que isso afete seu desempenho, afinal, ele é muito versátil. Se você quiser contar algo importante e ele estiver assistindo futebol, não hesitará em gritar GOOOL no meio da sua história. Ele fala que é uma beleza, mas não tem muita paciência para ouvir, a não ser que você tenha uma história MUITO mais interessante do que as outras 150 mil coisas que ele estiver fazendo.




Câncer- O namorado canceriano é o sonho de muita gente. Ele é doce, sensível, extremamente companheiro e valoriza a instituição da família. Quando um canceriano elege uma namorada, a protege de tudo e cuida com toda a dedicação. Ele leva você ao cinema, à faculdade, ao trabalho, à academia e mesmo que você não queira, te acompanha na depilação. O negócio dele é ficar juntinho – espero que você goste de chiclete – e se você disser que precisa de um tempo para respirar, prepare-se para o beicinho e para a chantagem emocional.  “Mas a minha mãe fazia isso pra mim…” é a frase que ele mais diz e… sabe aquela briga mais séria que vocês tiveram em 2001? Em 2013, se vocês brigarem novamente, ele ainda se lembrará dela e não hesitará em fazer você lembrar também.



Leão- Namorar um leonino é divertido, porque ele se sente o Brad Pitt e faz com que você se sinta a Angelina Jolie ao lado dele.  Ele anda por aí com peito estufado, esperando que os fãs abram caminho pra ele passar. É inegável, ele sabe chamar a atenção, sabe vender sua imagem e sabe ser querido. Para conquistá-lo – além de dizer várias vezes por dia que ele é o maioral e que brilha como o Sol  -você tem que saber o seu valor e ser uma pessoa segura de si, assim como ele é. Se você souber lidar com o ego do leãozinho, terá um namorado generoso, leal e no mínimo figurante da Globo – se mestre Júpiter ajudar.




Virgem- Ele é inteligente, focado, servil, discreto e multi-uso. Se você ficar doente, por exemplo, ele te dará sopinha e remédio – esqueça a parte em que ele isola o quarto e te coloca em uma bolha, é mero detalhe. Se o corretor automático do seu Word não estiver atualizado de acordo com as novas regras ortográficas e você tiver um trabalho para entregar amanhã, não há razão para pânico, o super Virgo te ajuda! É assim que o virginiano demonstra amor, através de gestos concretos. Parece lindo e útil até aqui, mas ele não faz isso para alguém que seja menos que perfeito, portanto, corra e compre sua primeira obra de Dostoiévski, matricule-se na academia e não esqueça de caprichar no banho, viu?!



Libra- Namorar um libriano é legal porque você não precisa dizer a ele pra não sair de Crocs, por exemplo. Ele tem senso estético e ainda que não seja bonito, estará sempre arrumadinho. Ele é gentil, mestre na arte de compartilhar e certamente te levará a festas elegantes e refinadas. Se você é o tipo de pessoa que gosta de assumir as rédeas da relação, o libriano é o namorado ideal, porque quando você pedir a ele que escolha algo, ele dirá: “escolhe você, amor”.  Quanto ao fato de ter senso estético, pode ser bom, mas também significa que ele não aceitará que você saia com aquelas calças que fazem você parecer um bebê de fraldas, sacou? Vai ter que andar nos trinques, tá meu bem…





Escorpião- O namorado de Escorpião é tudo de bom! Ele ama e deseja de maneira muito intensa e você jamais poderá se queixar de superficialidade ou falta de sexo. O problema é que quando você diz que vai ao cinema com a Cláudia, ele entende que você vai encontrar o Ricardão. Quando você vai à farmácia comprar remédios…rapidinha com o Ricardão! Dentista? RICARDÃO! A experiência de amar é tão profunda e descontrolada que ele teme ser enganado e fica o tempo todo em estado de alerta. Se você gosta de histórias de livros, ele é o cara certo para você: suas habilidades te proporcionarão experiências que reproduzem de 50 tons de cinza (ui!) a Sherlock Holmes (sim, pode ser que ele contrate um detetive para te investigar).




Sagitário - Ele é muito divertido e leva a vida em “ritmo… ritmo de festa…” (ler com a voz do Silvio Santos). O namorado sagitariano vai te fazer rir, é expansivo e está sempre disposto a viver aventuras. Se você quiser ir pro Nepal, ele vai. Paquistão também! Ele só não vai pro altar. Assumir compromisso não é a praia dele, afinal, cidadãos do mundo gostam de ser livres pra explorar a vida e o que ela tem pra oferecer. Para conquistar um sagitariano, tenha boa vontade e ria de todas as suas piadas, mas somente das piadas, ok? Se você começar a rir quando ele iniciar o seu café filosófico , o bicho pega!






Capricórnio- Capricorniano já nasce com complexo de presidente da república; ele quer poder de comando e status. Se ele é ambicioso, focado, trabalhador e dedicado, você terá que ser também, porque como futuro presidente da república (ou de qualquer outra presidência que ele conseguir), ele não aceita menos que uma primeira dama. Namorar um capricorniano é garantia de estabilidade e compromisso sério. Pode ser que ele acorde azedo pela manhã, que no lanche da tarde reclame por meia hora do mau tempo e que à noite, quando forem para a cama, ele esteja com a cara do grumpy cat, mas… ele será “grande”, não se esqueça.





Aquário - A primeira coisa que você deve saber sobre um aquariano, é que ao namorar com ele você leva de brinde todos os seus 200 mil amigos esquisitinhos. Você não pode ir de roupa íntima à cozinha para tomar um copo d’água sem encontrar um manifestante rebelde e mascarado dormindo no sofá, por exemplo. Aliás, você pode ficar muito sensual de roupa íntima, ele vai achar legal, mas para conquistá-lo de verdade você tem que ter mente pensante, opinião e autenticidade. Tem que ter muita paciência também, porque quando o namoradinho aquariano decide assumir o “do contra” que mora em sua alma, ele não desiste jamais. Se você disser que prefere a camisa preta, ele usa a laranja. Se disser que quer comida “thai”, ele te leva no japa…e assim ele segue, até você enlouquecer. Vai encarar?!




Peixes - O pisciano é romântico, sonhador e extremamente sensível. Ele criará um mundo lindo e totalmente novo para vocês, onde o amor é lei e você tem uma coroa. No entanto, para namorá-lo você precisará do poder mágico de “viagini in maionesinum” – do latim “viajar na maionese”. Ele vive em um mundo paralelo e se você não entrar na dança, pode sentir que está em uma relação platônica com um gnomo, duende, fada – piscianos são tão delicados… – ou qualquer outro ser mágico de sua preferência. Conselho para você que namora um pisciano: compre uma buzina e utilize sempre que precisar dele no mundo real para resolver algum aspecto prático. Simples, barato e muitíssimo eficaz!



*Particularmente eu prefiro fazer par com outro Gêmeos, outro Gêmeos, outro Gêmeos (...), senão Libra e/ou Sagitário.