terça-feira, 31 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sempre o Devir...
O Devir...
terça-feira, 24 de maio de 2011
para meus estudos e pesquisas
DIA: Quinta-feira
COR: Azul-Turquesa
SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré
ELEMNTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)
DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura
SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!
Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.
Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes.
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.
A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.
Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.
Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.
A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.
Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.
São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.
São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.
Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.
ORAÇÃO A OXÓSSI
Senhor Oxossi,
Meu Pai,
olhai por seus filhos de nossa nação,
filhos de fé que sempre te buscam diante das dificuldades,
pois sabemos que senhor oxossi sempre vem em nosso socorro.
Mostre a direção com suas flechas certeiras, a todos que proucuram.
Cavaleiro da Aruanda, tu que colocas suas flechas em defesa dos fracos,
defendei os filhos das terras do nosso Brasil,
que se vestem de verde e amarelo,
carregando no peito as cores da riquesa e esperança por dias melhores!
Okê... Rei dos Caboclos e das Matas!
Senhor Oxossi, que as suas matas possas estar repletas de Paz,
Harmonia e Bem-Aventurança.
Meu Pai Oxossi, Rei dos Caçadores,
não permita que seus filhos tornen se presas dos malefícios nem dos meus inimigos.
Okê, Okê, meu Pai Oxossi! Rei das Matas, e senhor da providencia
*Fontes:
http://ocandomble.wordpress.com/os-orixas/oxossi/
http://ileaxeodara.blogspot.com/2010/04/senhor-oxossi-meu-pai-olhai-por-seus.html
segunda-feira, 23 de maio de 2011
FANTÁSTICO!
Fantástico para contemplar, pensar e estudar o discursso semiótico puro contido nas artes visuais. Um casamento perfeito de imagens e sons! Cinema em sua origem e sentimento! O último filme vocês podem baixar facilmente na Internet, os demais é trabalho de caça mesmo... mas vale a pena assistir.
Ao final assistam uns trechos do último filme dessa trilogia fantástica (Naqoyqatsi)
NAQOYQATSI
ano: 2002
gênero: documentário, sociedade contemporanea
diretor e roteirista: Godfrey Reggio
trilha sonora: Philip Glass
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Trilogia Qatsi, que é composta juntamente com os documentários Koyaanisqatsi (1983) e Powaqqatsi (1988). O primeiro aborda principalmente o hemisfério norte, o segundo o sul e países asiáticos, ficando com este terceiro a grandiosidade de abordar o planeta como um todo, conectado, globalizado, mergulhado na tecnologia que encurta distâncias e acelera processos de destruição devido ao seu mau uso.
Naqoyqatsi é uma expressão da língua Hopi que significa "a vida como uma guerra" ou "a guerra como um meio de vida". Também há uma sugestão de interpretação como "violência civilizada".
Como os demais filmes da trilogia, não são apresentadas narrativas ou diálogos durante todo documentário.
Ao contrário dos demais documentários da trilogia, Naqoyqatsi não foi produzido através de filmagens. Foram utilizados filmes e imagens de arquivo manipulados digitalmente e intercalados com cenas produzidas por computação gráfica, com efeitos de pós-produção como fotografia térmica. Esta maneira de produzir o filme não foi à toa; o diretor escolheu produzir o filme a partir de imagens e vídeos extraídos de banco de imagens para desta forma justificar a constante apropriação que o atual mundo tecnológico nos permite e nos impulsiona a fazer (samplers, remixagens, copy paste...). Além do mais, desta forma, o diretor acaba demonstrando também que a presença da tecnologia se faz essencial e predominante na produção do filme, ou seja, sem a tecnologia, nem o filme e nem nosso atual quadro de vida existiriam.
Este documentário leva a audiência a refletir sobre a nossa relação com a natureza, a influência da tecnologia em nossas vidas e as novas maneiras de se relacionar dentro de um atual quadro frenético mergulhado na conectividade tecnológica. Há uma ênfase especial sobre a competitividade, os conflitos do mundo e a violência.
*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Naqoyqatsi
Trechos:
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Quando As Luzes Se Apagam
"Quando As Luzes Se Apagam"
Dias: 14, 15, 21 e 22 de maio de 2011
Local: Casa Azul - morro do Alto da Sereia (prox. Vila Matos)
Hora: sempre às 19h
*ENTRADA FRANCA*
*Resultado das aulas de teatro para as crianças da comunidade
do Morro do Alto da Sereia (Rio Vermelho, Salvador/BA).
Querido Amigo
Katiuscia de Sá
sábado, 14 de maio de 2011
O Ciclo - animação paraense
domingo, 8 de maio de 2011
Luz do Mundo
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ribastian
(ele anda pelo espaço. Olhar vazio)
Tentei ardorosamente não mais te amar!
Quis ser comum, vertiginosa-carreira...
Integrar-me e entregar-me aos prédios-cinzas,
Às cidades-organogramas
Aos conceitos-preceitos.
Engrenagens de Dédalo!
(parado, contempla os olhos do Outro)
Mas vieste novamente bater à porta minha,
Místico mendigo, atormentando meus dias!
(o Outro)
- És navegante do tempo... aurora de muitas vidas.
(para si)
Falou-me que não podia estar eu numa caixinha preta estupefata.
Tinha de estar onde o povo está...
(o Outro insistia)
Não me gostas, Carne Sem Zelo?
Não governo nem a mim...
Louco ator desvairado!
(em resposta)
Comi muitos nãos!
Passei fome de multidão.
Retornei diversas vezes ao sol e à chuva de aplausos.
Desvaneci.
Perguntastes: “tinhas medo de minhas sensações?”
Não sabia a resposta.
Nunca soube.
(o Outro)
Invadi veredas que não sabia conhecer.
Cultivei vasos de flores diversas,
De versos...
De luzes e escuros em muitos palcos da rua.
E quando lhe estendia as mãos...
Não me vias.
(ele contempla o horizonte)
Hoje e sempre, volto a ti.
Paixão desvairada:
Dionísio e Baco no fundo de um asfalto.
Decaídos, à espera de um braço...
Consumido pelo álcool do fogo do palco.
- Vai. Segue! Voa...
Aplausos...
(sorri.)
Katiuscia de Sá
05 de abril de 2011.
Salvador/BA
terça-feira, 3 de maio de 2011
Vem...
I
Apaga-te.
O rio não está diante de ti
Como imaginas.
Há apenas o fosso
E a mesa inundada de papéis:
Cenjeturas lassas
Sobre a aspereza das palavras.
O rio não está diante de ti.
Está além. Viaja.
II
Finas farpas, vastas redes
Por que te fazes ausente, Loucura
Há tantos meses
E dás lugar à torpe lucidez
Ao nojo do existir
E do me ver morrer?
Por que me atiras
À desordem de ser
E à futilidade do mover-se?
Carpas crispadas
Na torçura das redes.
Por que te ausentas, amada
Se estou atado, permissivo e luzente
Ao corpo de teu corpo que é o lago?
III
Tranca-me. Teus ares de luta
Têm o corpo dos pátios devastados
Esses que se sonharam cordas
E por que não cadeados de volúpia?
Deita-me.
Laça-me os pés. Beija-me os passos
Para o cárcere da minha volta.
Sonha navios. Ocasos.
Sonha-me trancado. Teu.
IV
Há de viver um tempo, morte minha
Como se fosse o tempo do viver.
E carantonhas, fogos-fátuos, foices
Hão de reverdecer em azul e ocre
E banhado de luz volto a nascer.
Hás de viver um tempo, morte minha
Como se fosses noite apenas.
E haverá pássaros do dia
E nunca mais e nunca mais coiotes.
E nunca mais o sangue em nossos corpos
Só luz, entropia, e o riso deslavado
De não ser.
V
Aquiesce. Vem ver o barco.
Toca as velas de seda
E o opalino do casco:
O asco do adentrar-se na vertigem
Essa, onde navegas.
Toca teus verdes, esses
Que parecem amanhecer
E à noite são memórias
Descompasso, perdas.
Vem ver o barco
Carregoso de sombras de teus atos.
Vem ver o barco partir para morrer.
Aquiesce. Vem te ver.
HILST, Hilda. “ESTAR SENDO. TER SIDO”. 2° Ed. – São Paulo: Globo, 2006.
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