“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

domingo, 23 de agosto de 2009

CARTA PRIMAVERA


(Para meu Grande e Único Amor, Vicente)





Minhas mãos chamam-se Vicente.
Estão elas (as mãos)
aquém de um corpo de carne.




Vicente esquerdo desenha mármores esculpidos.
Tão cristalinas estátuas,
Puseram em vida a caminhar sobre si mesmas
– Um balé de Luz.


Vicente direito, ferramenteiro!
Constrói edifícios...
Difíceis de alcançar o topo.
Arranham os céus sem muito esforço.
E de lá,
Vicente direito envia-nos pequenas cartas,
aviõezinhos a sorrirem nas paredes de meu castelo.





O castelo,
Feliz com os dois Vicentes que moram lá.




Um deles,
(o do firmamento),
Aguarda para abraçar Vicente escultor.
Este,
(o escultor),
Por escolha,
Dá Luz a mármores puríssimos.




Ambos Vicentes
Vivem no castelo...
Q’Soul da Primavera.












Katiuscia de Sá
07 de agosto de 2009

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