“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ESPELHO


Sou assumidamente selvagem, arisca e desconfiada, aprendi a observar e aguardar como os felinos; a voar e ver como os falcões e a ser agressiva como as panteras negras...pois desde pequenina a vida ensinou-me que isto aqui é uma selva e sobrevivem os mais fortes. Também sei sorrir e ser dócil, mas isso é privilégio apenas de quem me cativa de modo a não querer me aprisionar. Só faço o que eu quero e deixo-me apaixonar por quem me merece. Sou forte, mas minha fortaleza reside em minha simplicidade de absorver as pessoas, acredito que a amizade, como tudo na vida, vem de forma espontânea e serena, sem esforço para agradar, pois quem sente empatia sabe do que o outro necessita e vice-versa. Meu interior é contemplado por Deus - nossa face de Amor e Perdão. Procuro não esbarrar nas pedras, estas são o ornamento do mundo, estão aí há seculos e tudo sabem... igualmente podem ser salutares, igualmente podem ser perigosas...aprendi a falar com os ventos e a chorar com a chuva. E meu sorriso maior e sempre nascente, é o Sol que aquece meu peito...neste planeta Terra que também habita no interior de cada um de nós. Cuidemo-nos...

(Katiuscia de Sá - 28/09/2012)

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