“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ILUMINÁRIOS - Livro Um

Imagem: René Magritte
(Para Vicente Franz Cecim)

Havia acordado mais cedo naquela madrugada. Seus olhos já estavam cheios de Sol, e suas mãos com orvalho escorrendo abastecendo as beiras de rio. Os pássaros matutinos gritando e chacoalhando as asas rumo ao nascente. Sabiá cantarolava algo para dona Matinta não se aborrecer e incomodar os moradores ribeirinhos, que a essas alturas ainda nem se libertaram de seus sonhos vagarosos.
Levantou-se. Caminhou arrastando os pés nus sobre as serragens úmidas. Murmurou algo compreensivo apenas aos sapos esparramados pelo matagal calado. Sabia que já chamavam por ela... Mas naquele dia não queria ir, porque havia sonhado com Almas-pardas transparentes pelas narinas.
Por isso abriu Sol nos olhos antes mesmo do galo cantar. Precisava limpar os ouvidos e as peles desses sonhos-pardos. Mergulhou neblina adentro. Cerrou os olhos de Sol vagarosamente para que os mosquitinhos não lhe afogassem a vista. O zumbido, porém, a levou para outro lugar. Havia cigarras espalhadas no escondido.
Todas elas cantando algo sussurrado. Uma música de nota só. Ainda carregava Sol nos olhos, mas estava morno. Quase cinco da tarde. Caminhou com seus pés nus sobre o lodo morno, deslizou um pouquinho até um carvalho. Havia nele algo grafado no tronco. As letras dançavam muito felizes, não conseguia concentrar o foco no que escrito estava.
De repente, uma mão cheia de galhos, arrebatou sua atenção. Suspirou o olhar na direção. Era Verde. Ele a estava a chamar desde a madrugada. Queria-lhe um pequeno favor...
“Entreguei-me a você pela manhã...”, repetia sua voz baixa, como delicado cristal-melodia em águas derramadas sobre um bebê em batismo. Sua garganta abrigou um coração soluçando em compassos. Uma flecha cheia de vermelho atravessara-lhe o corpo de ponta a ponta!
Nunca sentira isso d’antes.O Sol de seus olhos conheceu a Noite naquele momento. Suas mãos cheias de sereno derramado secaram subitamente, e sua pele de estrela mudou de cor. Ele a havia chamado. Sentia seu coração em compassos. Essa Música tirava a pequena de órbita, carregava-a serenamente pela neblina de seu coração.
E lá se foi ela. Fechou os Sóis, abriu a fenda sobre a cabeça em repouso. Navegou para dentro de si novamente. Esqueceu o canto do Sabiá, também de dona Matinta, que já se ia em direção às casinhas de palha, pedir Liamba...
Ele via seu rosto por dentro do dela. Sentia o frio de suas mãos, estava em seu mundo Verde-Sabor. Mergulhara até lá para nunca mais encontrar o caminho de volta. Perdeu-se no incompreensível Amor que ambos conheciam dentro de si.
Olhos-de-Sol abraçou sua Árvore. Imaculou cada pequena folha. Sobreviveu cada ninho sepultado em passarinhos. Escutou Uirapuru declarar Amor Encantado para ambos. Sobre a proteção das matas e das águas cheias de Jarinas flutuando, as cigarras cantavam seu nome junto ao dela, que era Nau nua percorrendo Pensamento Único.

Como aquele pequeno ponto de retumbão estivesse atuado pelo chão, no momento em que dona Matilda Matinta arreganhou os dentes, suspendeu o sobrolho esquerdo em direção à rua. Alguém passava nesta hora imprópria, trazia uma porção de tabaco em fumo enfiado nas algibeiras. Tocou-lhe com tudo naquelas mãos de feiticeira; e a velha não se fez de rogada... esfumaçou, sumindo na própria neblina, pisando molhado pela mata-escorregadia.

Sabiá que cantava, virou cumbuca a carregar água para lavar menino batizado. E ele nem chorou com a frieza líquida apertando-lhe o corpo, pois ainda não tinha aberto seus olhos de Sol. Foi quando lhe bateram o bumbum. As cigarras, enfim, todas cantaram seu nome: cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm...
cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm...
cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm... foi uma cantoria pelo resto da madrugada. Juntaram-se a esses, os grilos e os cururus à beira dos rios. Havia nascido um menino branco com olhos de Sol. Viera nascido e batizado pelas mãos das matas. Um índio branco.

Havia uma pequena lagoa onde os menino batizado pelas cigarras brincava de ser peixe. Um dia, mergulhou em seus próprios olhos. Rei de castanhas-águas; enquanto sua rainha estava por vir...

Naquele momento, cururus chacoalhavam seus papos, crescendo e amofinando... crescendo e amofinando... até que foram aninhar-se junto à uma vitória-régia. Foi ali que as matas encontraram uma menina que também tinha olhos de Sol.

"Então, acordei abrindo meus olhos de Sol. Avistei um Sabiá janela a fora. Estava igual a todas as manhãs. Cantava desesperado para dentro de mim. Toquei em meu cocuruto, ainda aberto. Fazia escapar aquela neblina da qual eram feitos os sonhos. Deixei-me ficar com a cabeça aberta, não haveria tempo de fechar..."

Em pé ante pé, ela foi se afundando até retorcer-se minhoca gordinha celeirando adubo no terreno. Sua árvore nasceria ali. Ele sabia disso. Plantava idéias-verdes na cabeça dela antes dela abrir seus olhos de Sol para o mundo.

Levava calor aonde chegasse e vida para quem a olhasse. Aquelas mãos de galhos puxou-a para si, quando se deixou escutar das cigarras. Era o nome dele em seus ouvidos. Anoitecia. O candeeiro estava quase aposentado da chama. Lambeu-lhe por completo quando o último suspiro da madrugada escorregava à beira da nuvem.

Foi lindo o encontro. Os dois estavam na mesma Viagem Invisível. Tecia-se a oOutra História, que ninguém contou, porque não sabiam contar... era contada sozinha por ele e por ela, às vezes. O encantamento era tanto, que envolveu a cabeça de ambos. Aqueles olhos cheios de Sol formavam um sorriso. Estava enamorada daquele Verde-Homem, de nome cantado pelas cigarras. O mês era Agosto, do dia sétimo. A Floresta que andara...

Então daquela floresta num assombro, foi derretendo-se em cores turvas, indo se depositar às margens dos rios e às testas dos igarapés. Escorria junto aos pingos do céu. Durou três dias e três noites. E depois disso, seu Pererê-Piaba remendou o telhado de folhas. Quase inundou o quintal com tanto aguaceiro! É que a chuva estava com raiva de ainda não estar aqui. Pois agora está! E está feliz!

Menino roto com os olhos de Sol nem imaginava que o céu podia misturar-se com as árvores e ter cores turvas junto aos igarapés e rios. Foi assim que viu a pororoca. Um retumbão de águas alegres arrastando peixes e tudo que junto estivesse.

Mas Jacaúna, que era primo mais moço de Anhangá não gostava dessas brincadeiras das águas, pois foi numa dessas que sua mãe virou cardume de peixes lá pras bandas de Soure. Amarrotava a cara, ele, toda vez que rebentava pororoca.

Haja os peixes pularem. Era de dia. Era de noite. Era uma Ave Maria!

Pois é... e a pequena havia saído de casa com o cocuruto da cabeça aberto... raspou o topo da cabeça, pintou-lhe a tez de urucum pra sair imaginação. Voava a pequena! A dois passos dali, chacoalhava as asas, uma arara muito esperta. Era matraqueira. Implicava com o tucano as pupunhas penduradas. Como o tucano tinha mais bico... arara só podia gritar o mesmo discurso furado.

Às duas cinco horas de todos os dias arara estava a tagarelar. Foi quando descobriram que não era arara, era curica! E não sabia falar. Fiz vôzinho devolver a bichinha. Ninguém mais agüentava essa briga de garganta.

Tornava a pequena ao quintal. Voltava-se ao céu com seus olhos de Sol, era noitinha quando ouviu nome do menino branco batizado pelas cigarras. Ouviu o nome dele, mas não entendeu o que era aquilo. Foi sonhar, então.

E daquela noite teve encontro na neblina com seu Pererê-Piaba. Viu bem de perto sua pele cinza-marrom; viu bem de perto seus dentes apertando fio de mato seco-serrado; viu bem de perto seus olhos de cobra possuída. Estático estava agachado num pedacinho escuro. Silencioso como era. Apenas indicou à pequena por onde passar. A menina saltou da imaginação! Havia emagrecido cinco quilos por causa daquele sonho.

Emagreceu tanto, mas tanto... a ponto de suas asas de libélula suspendê-la a altura das matas. E desde àquele sonho não comia; não bebia; não sorria; não brincava; nem cantava. O povo achava que ela fora encantada. Além das asas de libélulas, seus olhos de Sol estavam mornos e sumidos em nuvens de suspiros...

“Leva ela pra aldeia pra ver Domã-Naã benzer...”, diziam. Mas quem leva? Se todos tinham medo da mata! “Vai sozinha! Quem mandou ouvir nome que não devia”, era a solução. Descobriram que além de olhos de Sol, tinha ouvidos de tamanduá.

Vistou para um lado. Vistou para o outro. Aprontou-se com tintas e plumagens de proteção e reconhecimento de seu povo, foi em direção à Floresta que andara. E desde a vez que ouviu o nome de menino batizado pelas cigarras, adentrava mais e mais nas veias de rios espalhadas por todo aquele Branco Rosto inundado de Vida.

A tempestade furiosa fazia tudo desaparecer diante daqueles olhos castanhos-mel. Quando estavam às tinas abarrotadas de aborrecimentos, fazia seus cabelos aloirados-rubi-de-fogo-do-fundo-da-terra, dizia sua língua toda junta de palavras.

Mas quando a tempestade apenas brincava de ser tempestade, vestia-se de cabelos alvos como horizonte de neve. E seus olhos ficavam pretos como noite sem Lua. Não era tempestade. Era apenas formação rochosa das nuvens.

Entretanto, nesse caso era tempestade do primeiro exemplo... Tudo estava sumido. Sem dó nem piedade a pequena foi deixada às próprias pernas. Adentrou na mata sumida pela tempestade possuída, sendo que a pequena também sumira naquele branco todo.

Enxergava-se de longe somente os olhos de Sol-poente da menina. Algumas tribos mais do interior do mato achavam que se tratava de algum Espírito Mau que vagava pela floresta. Foi daí que inventaram o Boi-Tatá. Pensavam os índios, que aquelas luzes perdidas na tempestade branca eram olhos de homem peludo em cima de morcego gigante que não voava... mas eram apenas os olhos da pequena reluzindo no meio daquele branco sumido.

Quando a tempestade se acalmou, devolveu a mata para onde estava. Mas não estava no lugar de antes. Por isso diziam que era “Floresta que andara”. Vozinha dizia que nessa floresta havia olho d’água que fazia perna de menina-moça afundar na terra, e da cintura pra cima moça que fosse engolida pela terra virava tajá-de-leite. Quando os homens iam caçar e avistavam terreno repleto de tajá-de-leite, sabiam que estava por perto o Boi-Tatá para vigiar seu jardim-de-moças. Corriam todos arregalados.

Nem isso havia. Depois da tempestade tudo mudara de lugar e o caminho indicado por Pererê Piaba não era mais onde ele disse que era.

O sol estava quase se deitando quando as cigarras cantaram novamente: cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm...
cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm...
cccccccceeeeee....ccccccccciiiiimmmm...
Dessa vez cantaram em sustenido

#
Era Lua Nova, misteriosa, de sorriso difícil. Olhava a pequena perdida na mata. Mas a pequena aprendeu a não chorar por qualquer coisa, porque lágrimas de olhos de Sol eram de muito poder. Uma vez quando era criancinha ainda, chorou em cima de uma semente de Jatobá. Nasceu e cresceu tudo tão rápido, com as raízes rasgando o chão. Indo o Jatobá chorado conversar com as estrelas. A pequena não chorava. Guardava lágrimas para momentos especiais.

Então, a pequena olhou bem para a face da Lua Nova, viu que ela não sorria. Estava pálida. Subiu num açaizeiro e passou um pouco do urucum de sua face na face da Lua Nova. Ficou bonita. Encantou os homens na Vila de pescadores. Esses nem mais olhavam pras moças que passavam. Havia festa no povoado pra comemorar dia santo.

As luzes redondinhas penduradas confundiam-se com poderosos vaga-lumes. E como os caboclos estavam ajuremados pela Lua Nova com urucum nas faces, nem se atiraram para dançar com nenhuma moça da festa.

O boto viu a face de Lua Nova e percebeu o que havia... aproveitando-se disso. Saiu da água. Fez-se homem bonito. Vestiu seu melhor terno. Calçou sapato lustroso. Escondeu a cabeça em seu melhor chapéu. Era moço lindíssimo! Fez seus olhos verdes para encantar mais ainda as moças solteiras da festa.

Boto em pernas de calça dançou e fez o que quis com as moças. Ficou nisso até pelas quatro da manhã. Depois foi embora abandonando-as ao som de seus próprios suspiros. Estavam abaloadas... já carregavam uma nova vida no interior de si. Depois de um tempo boto voltaria à Vila para visitar seus futuros filhos, que seriam todos machos.

A pequena não sabia que por dividir o urucum de suas faces com a Lua Nova causaria todo aquele rebuliço. Enrolou-se numa folhona de vitória-régia. Abotoou seus olhos de Sol a esperar pela manhã seguinte. Sonharia em como chegar até Domã-Naã.

Depois da sinfonia de grilos ao afundar da tarde, emergiram enormes cururus arrontando sem parar à beira dos igarapés. No interior da selva olhos de onças famintas vagueavam pelas frestas das árvores sumidas no pretume da noite. A vida pairava normal na Floresta que mudara de lugar, aonde a pequena ia se perdendo mais e mais...

Após esse sono, até o último, aconteceram inúmeras mudanças, e uma delas foi ao temperamento daquele índio branco. Quando ouviu voz da pequena com olhos de Sol, sentiu que talvez fosse parar de andar de um lado para o outro. Na verdade ela não sabia lidar com seus próprios sentimentos.

Vestia azul e estava de olhos arregalados, como um galo de briga. O azul das penas reluzia através do clarão diurno. E seu bico entreaberto engolia medo de voar. Estivera cativo numa gaiola na Vila de pescadores durante anos a fio... passara a vida toda desse jeito, dialogando com as grades da jaula. E ao menor descuido da porta aberta, escapou um Verso!

Verso liberto, porém sem consciência do mundo paladar. Não sentia Amor, não sabia o que era. Não sentia gosto de Liberdade, não sabia também como era. Nunca experimentara antes. Estivera mal tratado pelo dono. Nunca cantou e nunca cantará (se mantiver o medo por entre os dedos...). De asas em aço inoxidável. Cavaleiro. Pesadas de mais para alçá-lo.

Menina com olhos de Sol achou-o lindo, mesmo assim; porém despossuído de inteligência nos sentimentos. Nunca os tivera antes, pois! O menino de nome cantado pelas cigarras avistou um punhado de grãos, quase parecidos com alpiste cativo. Mas estes eram selvagens... pois eram Amor.

O índio branco não lhe tinha paladar nem segurança. Tinha-lhe medo, mas a pequena não apenas tinha-lhe visto o coração, como também tinha ouvido seu nome ecoando pela floresta cabeça adentro. Pela primeira e última vez, alguém penetrara naquela floresta flutuante. A mata desconfiada pôs-se a observá-la com todos os olhos dos bichos. Aonde a pequena ia, sabia-se de seu paradeiro.

A pequena já estava entranhada de Verde. E ele de Olhos de Sol. Chegado o terceiro dia, antes de o Astro cobrir-se de nuvens, ela encarou menino branco. Ambos tinham os mesmos Olhos de Sol e ambos ouviam tamanduá. A encantaria desposou o mundo objetivo. E foi nesse momento que a floresta parou de andar. Suspirou ventania, carregando galhos de árvores por toda floresta.

Como o menino estivera cativo por longos anos, não sabia o que fazer. Gritou sua voz várias vezes em direção da pequena, espantando-a também! Indo ela se esconder em caramujo na tocaia das beiras de encosta.

Ele não sabia conversar, nem dizer de si. Não sabia contar dele à pequena, apenas sabia sensações! Ele era impreciso e inseguro como rachadura na parede. Não sabia azul ser verde ou se vermelho fosse branco. Foi a primeira vez que tinha sorrido e não sabia simpatia de Mapinguari.

Olhou para a pequena, tomou-lhe o braço, a fez chorar. E das lágrimas poderosas de olhos de Sol inventaram-se todos os rios amazônicos. Como menino branco sabia falar apenas sensações, forçou-as dentro da cabeça da pequena tapuia. Jogara um oceano de sensações para dentro da bichinha... indo a coitada virar moita. Escondeu sobre si um monte de capivaras.

Mapinguari tudo viu, nada fez! Ambos tinham Olhos de Sol, era encantamento da mata. Ninguém poderia desfazer aquilo! (era Amor...) Eles se entenderiam custasse o que custasse. Não havia volta! Uma vez arrebatado, para sempre estaria na floresta que andara. Ambos continuariam.

Outro dia raiou.
Estava úmido.
As cigarras agora cantavam nome de menino branco, em bemol:

b
Ele quis noite. E assim ficou sendo. A pequena virou pedra e atirou-se ao fundo das águas. Sol debaixo d’água. Sol em cima do chão. Ambos ficaram para sempre encantados. Então pajé Domã-Naã afundou mãos na face das Terras Encantadas, espalhando grãos sobre as matas. Todas as garças cantaram:
Traaaaaaaaaaaaaaaaaac-toc-toc-toc-toc-toc-toc-toc...
Traaaaaaaaaaaaaaaaaac-toc-toc-toc-toc-toc-toc-toc... Fizeram todas pedrinhas do fundo das águas dos rios subirem à margem. Por isso as encostas banhadas de águas amazônicas são arenosas, desfalecendo após anos e anos. Pertenciam às águas e para lá retornariam.

Algum tempo passara. Menino branco e a pequena tapuia acostumaram-se um ao outro. Aos poucos ele confiou à pequena algumas palavras faladas. Mas das primeiras sensações dele, a pequena enlouquecera. Seus dias não tinham mais divisórias. A Lua encontrava-se com o Sol à mesma hora no mesmo céu. Luz solar noturna, era o céu encantado da floresta de Andara. Menino de nome cantado pelas cigarras e a pequena tapuia com olhos de Sol ficaram ambos eternos de mãos sobre mãos, juntos naquele mundo secreto.

Mas essa história não termina aqui. Ela apenas começou...



Katiuscia de Sá
08 de abril de 2010
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ILUMINÁRIOS – Livro Dois:
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ILUMINÁRIOS – Livro Três:
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ILUMINÁRIOS – Livro Último:

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