“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

*Poemas da amiga VII

Gosto de estar a teu lado,
Sem brilho.

Tua presença é uma carne de peixe,
De resistência mansa e de um branco
Ecoando azuis profundos.

Eu tenho liberdade em ti.

Anoiteço feito um bairro,
Sem brilho algum.

Estamos no interior duma asa
Que fechou.


*Mário de Andrade


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