“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

terça-feira, 1 de março de 2011

Apenas mais uma de Alice...



Neste domingo (28/02/2011) eu e meus amigos assistimos na deliciosa madrugada de Salvador, um filme que realmente me transportou para meu estado de infância. Refiro-me a versão da conhecida trama infantil(?) "Alice no País das Maravilhas", obra mais conhecida do professor de matemática inglês Charles Lutwidge Dodgson, que assina sob o pseudonimo de Lewis Carroll.

"Alice" (1988), fantástica versão de Jan Svankmajer, traz um misto de atores contracenando com criaturas-bonecos (nada convencionais), especulando a tecnica do stop motion. A criatividade do diretor checo segue o surrealismo bem como o fantástico inebriado das coisas, que sob o olhar de sua câmera, faz dialogar os recortes de realidade, harmonicamente com os tratados de fantasia.

Svankmajer consegue alcançar seu estado de infância, atraves de sua câmera e releitura da história de Alice. O maravilho aqui, fica por conta do inesperado recurso, criatividades, pssibilidades e objetos que o diretor dispõe para narrar a história.

Em minha opinião, "Alice" de Jan Svankmajer é o filme mais fiel à atmosfera do conto de Lewis Carroll. Quem ainda não contemplou essa preciosidade cinematográfica, eu recomendo esse reencontro com a infância das coisas.
Sensacional!


Katiuscia de Sá
01 de março de 2011
Salvador/BA









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