“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

segunda-feira, 18 de março de 2013

MEDO




Meu único medo não é saber que um dia meus olhos não poderão mais ver o céu de minha Pátria, nem que um dia não poderei mais correr livremente por entre as árvores de meu bosque secreto...

Meu medo é morrer antes de beijar-te, ou antes de eu ser tua completamente... o sol nasce a cada dia, e a sombra que me cai n’alma é apenas uma: medo de não viver contigo o que os Astros reservaram para o nosso Caminho.

Meu medo é ter que esperar essa Espera que me consome o peito em sofreguidão, que minha respiração fica tão fraquinha a ponto de não ter nem folego de chamar-te o nome...

Meu medo é sumir a luz de meus olhos antes que eu veja seu sorriso, por devotar-lhe todo amor para uma vida...

Venha assim mesmo – com os intervalos da fala, ou com seu coração cheio de duvidas... as coisas acontecem como um grande circulo vermelho pintado numa parede de Parque de Diversões... um carrossel cheio de altos e baixos. Entretanto, se ambos estivermos juntos, nem o Tempo nos dirá para pararmos pelo Caminho.

Vem, meu único e verdadeiro Amor. É a sua voz que eu espero com toda decisão possível e impossível... a decisão de viver o Agora.


Katiuscia de Sá
18/ 03/ 2013

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