“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Devir...


"Quero ignorado,
E calmo
Por ignorado,
E próprio,
Por calmo,
Encher meus dias
De não querer mais deles.

Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade é sol,
Virá a noite.

Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato".


~Fernando Pessoa~

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