“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ENTROPIA - O MANIFESTO



Os momentos de escuridão estão por terminar. A movimentação no subsolo há muito já iniciou, e não cessará enquanto a ultima erva daninha não for arrancada e jogada ao fogo! As mãos dos lavradores também não cansarão até que a ultima maçã podre seja retirada do cesto e jogada fora.

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A revolução já iniciou; minha *geração, mesmo após a diáspora, continua o trabalho nos campos. Os que vão à frente arrancam pelas raízes os troncos velhos das arvores infrutíferas, lançando ao fogo toda podridão de idéias antigas. Atrás caminham bem dispostos, os homens e mulheres com suas pás de renovações e enxadas de ações para assentarem as terras. Em seguida desses, os que trazem no coração, a semente da esperança e Arte, que no tempo certo e previsto, suas flores belas e adultas sorrirão para os bons tempos que minha *geração e eu partilhamos.

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E na quebrada do mar em fúria, todas as mentiras serão descobertas, e nossas vozes decantarão toda a escuridão numa única voz: Evolução!


Se hoje o trabalho é árduo e difícil, ontem o foi ainda mais. Entretanto, todas as sementes da minha *geração germinarão frutos e muita sombra. Os primeiros lavradores lançam-se pelos campos com sorriso farto e disposição inabalável. Em vários pontos, simultaneamente, a Vida vai se movimentando...

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Os primeiros jardineiros reconhecem-se pelo verde perfume contido na Palavra segura em suas mãos. E desse modo, cada um concluirá seu trabalho. Todos estaremos presentes naquele banquete, e a fome de Cultura não terá mais tempo.

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Katiuscia de Sá

04 de fevereiro de 2011



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