“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MEU PRIMEIRO SONETO

*para Marco.



De ontem para hoje lembro-me... era tua face cândida.
Trazia beleza e respeito pela presença minha.
Teus olhos tímidos, e minha esperança languida.
As horas na tela e a música... disso a paz nos tinha.

Hoje em meio a carros e buzinas, o transito insistia.
Na manhã de sol e gentes, era tu meus pensamentos.
Teu coração e o meu juntos! Então, nada mais me abatia.
Mesmo no corre-corre diário eu era um só contentamento.

Pois de meu afeto por ti, amor, fez-se a ternura.
Da métrica desprendida, meus versos voaram.
E meu semblante sorri à tua doce candura.

Amar-te-ei por toda minha vida, eu lhe prometo.
E dos meus versos, digo-lhe: uma verdade é única!
Por amar-te tanto, nasceu este primeiro Soneto!


Katiuscia de Sá
11 de setembro de 2013, 14:25h.

[eu achei que em minha vida eu jamais seria capaz de escrever um SONETO, devido a complexidade de sua estrutura. Esse tipo de escrita requer do poeta uma mente virgem ao que se refere à parte lógica e mecânica do ofício de escritor, como também pede equilíbrio entre o afã criativo com sua total liberdade para que a inspiração aconteça revelando o lirismo da obra. Por esses motivos escrever um Soneto só pode ser possível quando o indivíduo é tomado por um sentimento divinamente sublime - o Amor, 'que conhece o que é verdade', que tudo ensina, que tudo transforma...].









Nenhum comentário:

Postar um comentário