“o poeta é com efeito coisa leve, santa e alada; só é capaz de criar quando se transforma num indivíduo que a divindade habita e que, perdendo a cabeça, fica inteiramente fora de si mesmo. Sem que essa possessão se produza, nenhum ser humano será capaz de criar ou vaticinar.” [Platão]

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Operário das Letras



Eu não tenho uma história... tenho várias. Em todas elas sou apenas um espectro. Um escritor não vive... é prisioneiro de seu próprio Tempo, um Tempo liberto de qualquer perspectiva. Está solto... está ‘entre’, é um Lugar onde só um escritor pode habitar... e por isso é pessoa solitária pela Terra. Está fadado a sofrer de angústias que necessitam escrever-se. Toques do invisível sensível sentimento de sensação. Não tem cura ou outro caminho, senão ceder... conceder-se essa pena da escrita de vozes que não têm expressão, a não ser pela mente imaginativa e vidente que só o escritor possui. Se foi prêmio, se foi sina... não sei dizer. Apenas cabe ao operário das letras fazer o que lhe foi confiado: escrever...

[Katiuscia de Sá – 25/12/2013, 20:31h]



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